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Dudu apoia movimento

Atacante acompanha movimento contra gramado sintético após quatro anos no Allianz Parque

21/02/2025 10h59 - Atualizado há 24 horas Publicado por: Redação
Dudu apoia movimento Gustavo Aleixo/Cruzeiro EC

AE

Dudu, hoje no Cruzeiro, é mais um jogador a se manifestar favorável ao movimento pelo fim do uso de gramados sintéticos nos estádios do País. Dos atletas na ação, como Neymar, Gabigol, Lucas Moura, Thiago Silva e Philippe Coutinho, o atacante é o primeiro a ter atuado por um clube que adota o campo artificial em seu estádio. Ao todo, o atacante permaneceu cinco anos no Palmeiras, após a grama sintética ser instalada no Allianz Parque.

Dudu defendeu o Palmeiras entre 2015 e 2024. A grama sintética, no entanto, foi instalada somente em 2020, após a diretoria alviverde, juntamente à WTorre, entrarem em um acordo pela troca – pela qualidade do gramado e pelo Allianz Parque ter se tornado uma casa de shows em São Paulo. Entre 2020 e 2021, o atacante também teve uma breve passagem pelo Al-Duhail do Catar.

Nesse período no sintético, Dudu conquistou uma Libertadores, duas vezes o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista, Recopa Sul-Americana e a Supercopa do Brasil. Deixou o clube ao final da última temporada, após entrar em rota de colisão com a diretoria e Leila Pereira – incluindo um acerto com Cruzeiro ainda na metade da temporada, que foi cancelado naquele momento

Além de ser o primeiro jogador a ter atuado no Allianz Parque a entrar no movimento, Dudu tem um episódio no gramado do Allianz Parque. Em 2023, em duelo com o Vasco pelo Brasileirão, o atacante lesionou o joelho, com ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e lesão no menisco. À época, por sua perna ter ficado presa no gramado no momento da lesão, o sintético foi levantado como uma das causas.

“Infelizmente aconteceu comigo o que todos os atletas mais temem na vida: uma lesão grave. Graças a Deus, eu nunca tinha me machucado sério, mas tudo na vida acontece por algum motivo e acredito que Deus sabe de todas as coisas”, escreveu Dudu. O atacante não relacionou o gramado com a lesão, à época. “Está doendo muito aqui no peito, uma tristeza e uma angústia gigantes, pois quem me conhece sabe o quanto sou comprometido.”

Nesta terça-feira, após movimento dos jogadores, o Palmeiras classificou as manifestações como “críticas rasas e sem base científica”, além de reforçar que o gramado possui certificação da Fifa. Em 2020, o atacante elogiou o novo gramado, quando o Allianz Parque passou pela mudança. “Gosto bastante, já tinha falado antes. Para a gente na frente é bom, não é muito bom para nossos zagueiros. Vamos poder jogar mais vezes no nosso campo”, afirmou à época.

PALMEIRAS SE MANIFESTA

O Palmeiras se manifestou após uma série de jogadores do futebol nacional se posicionarem contra a utilização do gramado sintético no País. O clube, cujo estádio, o Allianz Parque, dispõe de campo artificial, afirma que as críticas de Neymar e outros craques são “rasas e sem base científica”.

“O campo sintético do Allianz Parque é certificado pela Fifa, que realiza inspeções anuais desde a sua implementação, em 2020, a fim de aferir que o piso siga os mesmos parâmetros de um campo de grama natural em perfeito estado”, iniciou o clube.

“Não há qualquer comprovação científica de que o risco de lesão em campos artificiais seja maior do que em campos naturais. Pelo contrário: recente estudo publicado pela revista The Lancet Discovery Science aponta que a incidência de contusões em jogos de futebol disputados em gramados artificiais é inferior à de lesões em campos naturais”, continuou, fazendo referência à uma das principais publicações científicas no mundo.

Lucas Moura, um dos jogadores a se manifestarem contra o campo sintético, e Oscar, foram poupados no clássico com o Palmeiras, realizado no último domingo, no Allianz Parque, iniciando o confronto no banco de reservas. O São Paulo tem um histórico de lesões atuando no estádio do rival. O clube alviverde não acredita que as contusões ocorridas no estádio estejam ligadas ao uso do gramado sintético.

“Diferentes levantamentos realizados por veículos de imprensa mostram que o Palmeiras, ao longo dos últimos cinco anos, é o clube da Série A do Campeonato Brasileiro com menor número de lesões”, disse o clube. “O clube respeita a opinião dos atletas que manifestaram preferência por campos de grama natural e considera urgente o debate sobre a qualidade dos gramados do futebol brasileiro; este problema, contudo, não será solucionado com críticas rasas e sem base científica”, concluiu.

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