Secretário destaca integração das polícias com tecnologia
Interação das polícias através da tecnologia em prol da população. Esse foi o ponto principal da palestra do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, no painel de debate do Comitê de Tecnologia da Informação e Comunicação, na manhã desta terça-feira (9), na sede da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), na região da Chácara Santo Antônio, zona sul da Capital.
Durante o debate com profissionais da área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, o secretário explanou sobre o trabalho desenvolvido pelas polícias paulistas. Grella destacou a importância da integração das instituições, tendo como aliada as oportunidades oferecidas pela tecnologia da informação.
“Cada polícia tem suas informações, seu sistema e banco de dados. Trabalhamos para integrar esses pontos e compartilhar as ideias entre as corporações. Nós temos praticado essa interação rotineiramente, através de reuniões com os comandos”, explicou o secretário.
Grella elencou algumas das ferramentas tecnológicas já implantadas pelo Governo do Estado e utilizadas pelas polícias Civil, Militar e Científica, que têm auxiliado no combate e esclarecimento de crimes em São Paulo, como as câmeras de videomonitoramento e sistemas inteligentes.
Câmeras de videomonitoramento
O Estado conta com 338 câmeras. Deste total, 272 estão espalhadas em pontos diferentes da Capital, com grande fluxo de pessoas, como o centro da cidade, as proximidades de estádios de futebol e eventos.
O sistema conta com uma central de monitoramento no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que funciona 24 horas por dia. Esta central permite que, quando percebida a possibilidade de ocorrer um crime, os operadores das câmeras identifiquem o local da ocorrência e despachem viaturas.
“As câmeras instaladas em pontos estratégicos auxiliam no combate à criminalidade. E esse é apenas um dos exemplos de como a tecnologia pode ajudar a segurança pública”, falou Grella.
A agilidade do videomonitoramento facilita a realização de prisões em flagrante e as imagens geradas podem ser usadas como prova de crimes em investigações da Polícia Civil, pelas companhias de tráfego e em trabalhos das prefeituras.
RDO e Infocrim
Os sistemas inteligentes de Registro Digital de Ocorrência (RDO) e de Informações Criminais (Infocrim) estão presentes em todos os 645 municípios do Estado.
Juntos, os sistemas RDO e Infocrim criam para as polícias o chamado mapa da criminalidade, pelo qual é possível estabelecer os pontos onde há maior ocorrência de crimes – separados por cidades, bairros, ruas, e também por dias e horários.
A Polícia Civil utiliza o RDO e o Infocrim na busca de suspeitos que têm a mesma forma de atuação, cruzando dados desses e de outros sistemas inteligentes. O RDO permite que os boletins de ocorrência (BOs) e Termos Circunstanciados (TCs) elaborados nas unidades policiais sejam padronizados e consultados por outros órgãos policiais.
Com o cruzamento de dados, o sistema fornece informações adequadas para cada tipo de operação policial.
Novas tecnologias
Grella disse ainda que são realizados estudos e pesquisas de novas tecnologias, usadas no combate ao crime, implantadas em outras regiões do mundo, como a América do Norte, Reino Unido e Países Baixos.
Câmeras inteligentes que reconhecem rostos e registros de ocorrências que apontam os lugares de maior incidência foram alguns dos sistemas mencionados. “O sistema inteligente nos dias de hoje é aquele que se apóia em tecnologia da informação”, finalizou o secretário.