IGP-M acelera alta para 0,42% na 1ª prévia de abril
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,42 por cento na primeira prévia de abril, ante elevação de 0,15 por cento no mesmo período de março, com a aceleração da inflação no atacado e da construção compensando os preços menores no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 11.
Em relação ao fechamento de março, o indicador também mostrou aceleração, após alta de 0,21 por cento.
De modo geral, a inflação no país continua em patamares considerados elevados, mas já há sinais de perda de força. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, desacelerou a alta mensal em março, ao subir 0,47 por cento, mas no acumulado de 12 meses houve avanço 6,59 por cento, estourando o teto da meta do governo, de 6,5 por cento.
ATACADO
Na primeira prévia de abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 0,38 por cento na primeira prévia de abril, ante estabilidade em igual período de março.
Em relação à origem dos produtos, os industriais subiram 0,64 por cento, ante alta de 0,16 por cento no mês anterior. Já os agropecuários registraram queda de 0,29 por cento na primeira prévia de abril, ante deflação de 0,41 por cento anteriormente.
Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 1,05 por cento, ante alta de 0,73 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de queda de 0,90 por cento para alta de 0,10 por cento.
No segmento Bens Intermediários, foi registrada variação positiva de 0,01 por cento, ante recuo de 0,47 por cento em março. A principal contribuição partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de queda de 0,18 por cento para avanço de 3,40 por cento.
Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou leva alta de 0,02 por cento, contra queda de 0,30 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram minério de ferro (5,47 para 8,27 por cento), mandioca (-8,84 para -2,02 por cento) e café em grão (-5,50 para -2,17 por cento).
VAREJO
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, desacelerou a alta para 0,43 por cento, contra avanço de 0,53 por cento visto anteriormente.
A principal contribuição partiu do grupo Transportes com avanço de 0,35 por cento, ante alta de 0,98 por cento na primeira prévia de março.
Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de alta de 4,68 por cento para queda de 0,37 por cento.
A FGV também informou que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou elevação de 0,67 por cento, acelerando ante alta de 0,27 por cento na primeira apuração de março.
O resultado do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxada pela Mão de Obra, com alta de 0,80 por cento, ante 0,12 por cento anteriormente. Os preços de Materiais, Equipamentos e Serviços tiveram avanço de 0,54 por cento na primeira prévia de abril, ante 0,42 por cento no mês anterior.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
A primeira prévia do IGP-M calcula as variações de preços no período entre os dias 21 e 31 de março.