Sete projetos das polícias recebem Prêmio Polícia Cidadã
As polícias Civil, Militar e Científica do Estado de São Paulo tiveram algumas de suas iniciativas agraciadas pelo 5º Prêmio Polícia Cidadã do Instituto Sou da Paz, na noite de quarta-feira, 10. Os grandes vencedores da noite foram os policiais militares da Base Comunitária de Segurança (BCS) da Praça Rotary, que fica no centro da Capital.
Durante o evento, o governador Geraldo Alckmin afirmou que “a busca pela paz não é só do governo, mas também da sociedade civil”. Desde a criação do Prêmio, dez anos atrás, os índices de criminalidade caíram, destacou Alckmin. Em 2003, por exemplo, a taxa estadual de homicídios por 100 mil habitantes foi de 28,29, ante 11,47 registrados no ano passado.
Fernando Grella Vieira, secretário da Segurança Pública (SSP), ressaltou ainda que é necessária uma inovação continua na área de segurança, para que haja uma evolução. “É a evolução que vai melhorar a segurança pública.”
Estiveram presentes no evento, além dos diretores do Instituto Sou da Paz, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, o delegado geral adjunto de Polícia Civil, Valmir Granucci, e a nova superintendente da Polícia Técnico-Científica, Norma Sueli Bonaccorso.
A cerimônia
“Saio do trabalho e volto para casa”, cantava Fabiana Cozza durante apresentação no evento. Para proteger todos os paulistas que vivem a rotina da música “Caxangá” (de Fernando Brant e Milton Nascimento), foi criada a polícia cidadã.
Na abertura do evento, um locutor dizia que essa polícia cidadã – que é integrada à sociedade civil – não é uma teoria, mas uma realidade. A inteligência e a criatividade dos dois lados são unidas, com o objetivo de reduzir os crimes recorrentes, tema que foi centro do 5º Prêmio Polícia Cidadã.
Melina Risso e Luciana Guimarães, diretoras do Sou da Paz, destacaram que o trabalho integrado é desejado pela população. “Estamos aqui porque precisamos valorizar o que dá certo”, disse Melina. Luciana, emocionada, fez questão de destacar o trabalho positivo da SSP. “A Secretaria reanima o nosso ânimo diariamente”, contou, ao falar sobre Grella.
Premiados
A grande vencedora da noite foi a ação da Base Comunitária de Segurança da Praça Rotary, que fica no Centro de São Paulo. Lá, trabalham policiais da 2ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), que desenvolvem suas atividades em parceria com a comunidade local.
Para realizar esse trabalho, os PMs recebem um treinamento que dura cerca de um ano O cronograma de atividades de cada equipe policial que atua na Praça é elaborado a partir de informações coletadas junto à população. De acordo com a Polícia Militar, com essa iniciativa é possível identificar uma redução do número de solicitações ao telefone 190 e ao número da base.
Na segunda colocação do prêmio, ficou a Delegacia Seccional de Andradina, que criou um setor de perícias papiloscópicas (que analisa impressões digitais). O laboratório para exames conta com o Sistema de Identificação Biométrica por Impressão Digital, uma ferramenta capaz de realizar uma busca completa – em poucos segundos – em um banco de dados e fragmentos de digitais coletados em cena de crime. Esse trabalho serve para determinar a autoria de crimes.
O Grêmio de Policiamento Inteligente e Análise Criminal da Academia de Polícia Militar do Barro Branco também ficou em segundo lugar, por empate, com uma ação criada para discussão sobre a necessidade de realização de diagnósticos sobre os problemas da área em que os futuros policiais irão atuar.
Lado a lado
Pouco antes do encerramento do evento, Grella destacou que é importante dar oportunidade a cada cidadão interessado em participar da segurança pública de seu bairro. “Este prêmio é um bom exemplo de como a sociedade pode criar mecanismos para participar da segurança.”
Segundo o secretário, o governo precisa sempre ter uma disposição para estar sempre aberto a novas ideias – o que tem feito. “Temos que ser permeáveis, por isso, o Prêmio auxilia o Estado”, afirmou.
Grella afirmou que tudo é um trabalho de imperativo categórico, teoria do filósofo alemão Immanuel Kant, segundo a qual uma pessoa deve agir sempre baseada naqueles princípios que ela desejaria ver aplicados de maneira universal.
“A Secretaria da Segurança Pública trabalha em plena consonância com o que prega o Instituto Sou da Paz”, concluiu.