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USP e UFSCar realizam Fórum sobre segurança de urnas eletrônicas

18/04/2013 11h13 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
USP e UFSCar realizam Fórum sobre segurança de urnas eletrônicas

O Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da Universidade São Paulo (ICMC-USP) e o Centro de Estudos de Partidos Políticos da Universidade Federal de São Carlos (CEPP-UFSCar), realizaram ontem (17) o I Fórum Nacional de Segurança em Urna Eletrônica (FoNSUE).

 

O evento contou com palestras de Amílcar Brunazo Filho, do site VotoSeguro.org e de Diego Aranha, professor da Universidade de Brasília (UnB), que coordenou a primeira equipe de investigadores independentes capaz de detectar e explorar vulnerabilidades no software da urna eletrônica. Tal detecção ocorreu em testes controlados que foram organizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além das palestras houve uma mesa redonda com a participação de Pedro Floriano Ribeiro e Maria do Socorro Braga (Universidade Federal de São Carlos, UFSCar); Kalinka Castelo Branco e Mario Gazziro (ICMC-USP); e Oscar Marques (Serviço Federal de Processamento de Dados, SERPRO).

“A questão da segurança do voto eletrônico é fundamental”, disse Amílcar, que é engenheiro, especializado sem segurança de sistemas de informática e delegado junto ao TSE para assuntos relacionados a urnas eletrônicas e moderador do fórum do Voto Eletrônico: “É o voto que ajuda a decidir o destino do país. Tem uma frase que diz que o importante não é saber para quem votou e para quem votou, e sim saber quem conta os votos. No Brasil, a questão da segurança do voto eletrônico foi muito esquecida. Talvez pela propaganda do administrador eleitoral, que vendeu a idéia de que nosso sistema era único, o melhor e o mais perfeito. Essas informações são falsas: ele nem é único, nem é o melhor e nem é perfeito”.

Durante o evento foi entregue aos participantes a minuta de resolução produzida pelos participantes do Fórum: “Vamos enviar esse documento ao Tribunal Superior Eleitoral para requisitar que ele mude as urnas de 1ª geração para as de nova geração”, explica Mário Gazziro, professor do ICMC e um dos organizadores do evento.

Segundo Amílcar, as características das urnas de 1ª geração são: 1) a confiabilidade dos resultados depende da confiabilidade do software; 2) grava o voto diretamente na memória e não permite que o eleitor veja o que foi registrado como sendo seu voto; 3) conta os Registros Digitais do Voto em possibilitar uma auditoria contábil.

Já a de 2ª geração não depende somente da confiabilidade do software; registra o voto eletronicamente e o imprime (possibilitando conferência), e permite auditoria contábil.

USP e UFSCar realizam Fórum sobre segurança de urnas eletrônicas

18/04/2013 11h13 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
USP e UFSCar realizam Fórum sobre segurança de urnas eletrônicas

O Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da Universidade São Paulo (ICMC-USP) e o Centro de Estudos de Partidos Políticos da Universidade Federal de São Carlos (CEPP-UFSCar), realizaram ontem (17) o I Fórum Nacional de Segurança em Urna Eletrônica (FoNSUE).

 

O evento contou com palestras de Amílcar Brunazo Filho, do site VotoSeguro.org e de Diego Aranha, professor da Universidade de Brasília (UnB), que coordenou a primeira equipe de investigadores independentes capaz de detectar e explorar vulnerabilidades no software da urna eletrônica. Tal detecção ocorreu em testes controlados que foram organizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além das palestras houve uma mesa redonda com a participação de Pedro Floriano Ribeiro e Maria do Socorro Braga (Universidade Federal de São Carlos, UFSCar); Kalinka Castelo Branco e Mario Gazziro (ICMC-USP); e Oscar Marques (Serviço Federal de Processamento de Dados, SERPRO).

“A questão da segurança do voto eletrônico é fundamental”, disse Amílcar, que é engenheiro, especializado sem segurança de sistemas de informática e delegado junto ao TSE para assuntos relacionados a urnas eletrônicas e moderador do fórum do Voto Eletrônico: “É o voto que ajuda a decidir o destino do país. Tem uma frase que diz que o importante não é saber para quem votou e para quem votou, e sim saber quem conta os votos. No Brasil, a questão da segurança do voto eletrônico foi muito esquecida. Talvez pela propaganda do administrador eleitoral, que vendeu a idéia de que nosso sistema era único, o melhor e o mais perfeito. Essas informações são falsas: ele nem é único, nem é o melhor e nem é perfeito”.

Durante o evento foi entregue aos participantes a minuta de resolução produzida pelos participantes do Fórum: “Vamos enviar esse documento ao Tribunal Superior Eleitoral para requisitar que ele mude as urnas de 1ª geração para as de nova geração”, explica Mário Gazziro, professor do ICMC e um dos organizadores do evento.

Segundo Amílcar, as características das urnas de 1ª geração são: 1) a confiabilidade dos resultados depende da confiabilidade do software; 2) grava o voto diretamente na memória e não permite que o eleitor veja o que foi registrado como sendo seu voto; 3) conta os Registros Digitais do Voto em possibilitar uma auditoria contábil.

Já a de 2ª geração não depende somente da confiabilidade do software; registra o voto eletronicamente e o imprime (possibilitando conferência), e permite auditoria contábil.

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