Bovespa fecha em queda por OGX e Vale
A Bovespa perdeu força e encerrou a quinta-feira, 16, em queda, pressionada por OGX e Vale, com operadores citando ajustes técnicos e a proximidade do vencimento de opções sobre ações para explicar o comportamento volátil dos negócios.
O Ibovespa fechou em queda de 0,3 por cento, a 54.772 pontos. Durante o pregão, o índice oscilou entre alta de 1,1 por cento e queda de 0,6 por cento. O volume financeiro negociado na bolsa foi de 7,9 bilhões de reais.
Ajustes em torno do vencimento de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, turbinavam a instabilidade da sessão, pressionando especialmente as blue chips, segundo operadores.
Após alternarem entre os campos positivo e negativo, a Petrobras encerrou a sessão em alta, enquanto Vale e OGX pesaram no índice.
“O quadro é de volatilidade porque você não tem comprador final, que é quem dá suporte para o mercado”, disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos no Rio de Janeiro.
Dados fracos da economia norte-americana ditaram cautela às praças financeiras nesta sessão, mas as ações globais ainda continuavam perto das máximas de muitos anos. Já o Ibovespa acumulava queda de quase 10 por cento no ano.
“Minha pergunta é: quando lá começar a realizar o lucro de curto prazo, o que vai acontecer por aqui?”, indagou Bandeira.
Eletrobras liderou os ganhos do Ibovespa. Apesar do prejuízo no primeiro trimestre, a estatal de energia elétrica registrou resultado melhor que o esperado pelo mercado.
JBS saltou 5,9 por cento, ampliando os ganhos da véspera, seguindo a divulgação do resultado trimestral da maior processadora de carnes do mundo.
Na ponta negativa, destaque para a empresa de telecomunicações Oi e a construtora e incorporadora PDG Realty. Ambas foram excluídas do principal índice MSCI, referência para fundos no mundo todo.
Investidores também avaliaram dado que mostrou que atividade econômica brasileira acelerou no primeiro trimestre, mas em ritmo insuficiente para eliminar a percepção de que a atividade permanecerá errática ao longo do ano.
“Eu acho que o mercado brasileiro é bom no médio prazo, mas é preciso ser mais seletivo e olhar como o comportamento da economia se traduz nos resultados das empresas”, disse o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.