Suposto caso de estupro da USP volta ao 3º DP por determinação do juiz
O suposto caso de estupro dentro do alojamento do Campus I da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, ocorrido no dia 4 de março, retornou ao 3º DP na última semana, a pedido do juiz, após acontecer a primeira audiência no dia 24 de abril.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Aldo Donisete del Santo, o pedido foi feito pela falta de testemunhas. “O caso voltou para o DP para que os investigadores procurem novas testemunhas, pois assim o juiz julgou necessário. Em seu depoimento, a vítima fez diversas alegações que necessitam que outras pessoas sejam ouvidas”, afirma.
Após novas testemunhas serem ouvidas, o delegado concluirá novamente o inquérito e o enviará à promotoria e ao juiz que terão as opções de finalizar o caso, pedir novas investigações ou até mesmo arquivar o processo.
USP – De acordo com a assessoria de comunicação da USP o aluno que inicialmente denunciou o caso como vítima do estupro requereu no dia 25 de abril, junto à administração do campus, o desligamento da universidade e teve o pedido aceito pela instituição.
A assessoria não soube informar os motivos relatados pelo o estudante para justificar o pedido de afastamento, por se tratar de um processo interno administrativo.
Porém a comissão de sindicância do campus abriu o processo para apurar o caso entre as partes envolvidas para apurar mais detalhadamente os fatos e concluir se o caso tramita para o processo administrativo.
A Comissão de Sindicância da USP tem até 60 dias para finalizar o processo, porém o período pode ser prorrogado, caso seja requerido pelo grupo. A abertura de sindicância foi registrada na portaria da USP no dia 12 de abril.
Nesta etapa, a prefeitura do campus toma conhecimento dos fatos apurados pela sindicância e toma uma decisão final sobre o caso e alunos envolvidos. A punição pode ser de uma advertência verbal até a anulação de matrícula, ou seja, a expulsão do(s) aluno(s).
CASO
Um estudante de 22 anos, calouro, procurou o Plantão Policial no dia 13 de março para denunciar que foi estuprado por oito pessoas, dentro do campus I da USP São Carlos, todos moradores do alojamento. O crime havia acontecido no dia 4.
No dia 18, o delegado do 3º Distrito Policial, Aldo Donisete del Santo, informou que o jovem voltou a depor e afirmou que não foi obrigado a se despir, e também declarou que não houve violência e que tinha a opção de sair do local.
No dia 24 de abril, a Justiça promoveu a primeira audiência sobre o caso; onde compareceram ao Fórum Criminal a vítima e mais três estudantes veteranos acusados.
O promotor e juiz presentes solicitaram mais um tempo para a leitura das provas apresentadas e deverão marcar uma nova audiência em breve.