Um incidente na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Carmine Botta, em São Carlos, gerou pânico entre alunos e pais nesta semana, quando um estudante do sétimo ano levou uma réplica de arma .40 para o colégio. A arma, que se revelou ser de airsoft (dispara bolinhas), causou a suspensão das aulas e deixou a comunidade escolar em alerta, especialmente após relatos de que o aluno sofre bullying há meses sem intervenção efetiva da direção.
Segundo relatos de familiares e colegas, o aluno, uma criança com necessidades especiais, atravessa a rua para a escola há tempo sendo vítima de bulling por parte de outros estudantes. A mãe do menino teria procurado a direção para denunciar o problema, mas nenhuma medida teria sido tomada. “Pais questionam: e se a arma fosse de verdade? Todo mundo está com medo de mandar as crianças para a aula”, disse uma mãe à nossa reportagem, destacando o temor generalizado.
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Carlos informou que o episódio envolveu uma “criança especial que levou uma arma de brinquedo” e que “a escola tomou todas as medidas pertinentes ao caso”. Já a dirigente regional de Ensino de São Carlos, Débora Blanco, enfatizou ações em escolas estaduais para combater o bullying, como equipes de psicólogos focadas na convivência escolar, programas de respeito e protagonismo juvenil, e a aplicação rigorosa do Regimento Escolar. “Estamos alerta sobre questões de bullying, trabalhando o respeito através de programas ambientais e atividades grevistas”, afirmou Blanco. Ela mencionou ainda seu acompanhamento pessoal na Escola Esterina Placco, com visitas semanais para orientações, e o programa Escola de Pais, em parceria com a Justiça da Infância, que oferece encontros sobre família, escola e convivência para pais em situação de vulnerabilidade.
O caso na EMEB Carmine Botta reforça a urgência de protocolos mais eficazes contra o bullying em instituições municipais e estaduais. Especialistas alertam que a inação pode levar a escaladas perigosas, e pais cobram investigações imediatas para garantir a segurança dos alunos. A direção da escola não se pronunciou diretamente até o fechamento desta edição.
A Polícia Civil registrou o caso, que será monitorado pelo Conselho Tutelar.
