A Santa Casa de São Carlos encerrou quarta-feira, 13, a fase presencial do “Lean nas Emergências”, um projeto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O projeto, executado em parceria com grandes hospitais do Brasil, tem como objetivo principal reduzir a superlotação em setores de urgência e emergência de hospitais públicos e filantrópicos.
A cerimônia de encerramento foi realizada no Auditório Alois Partel e conduzida pela diretora de práticas assistenciais, Carolina Toniolo Zenatti. O evento reuniu a alta liderança do hospital, além de representantes do Ministério da Saúde, do Hospital Moinhos de Vento (HMV) e da Secretaria de Saúde Municipal de São Carlos, representada pelo secretário Leandro Pilha.
Hospital Mentor
Por três anos, o Hospital Moinhos de Vento (HMV), de Porto Alegre (RS), atuou como mentor da Santa Casa de São Carlos, focando na otimização operacional do pronto-socorro. Durante esse período, a instituição conseguiu melhorias significativas no giro de leitos, na qualidade dos atendimentos e na redução do tempo médio de espera de pacientes encaminhados pelo Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (SIRESP).
O evento marcou a última visita presencial da equipe do HMV, composta pela enfermeira de projetos sociais Andressa de Abreu Costa, pelo consultor médico Raphael Zuanazzi e pelo consultor técnico de projetos Marcelo Martinho. Agora, o grupo continuará a acompanhar os indicadores do hospital por mais seis meses.
Segundo o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, o projeto resultou em benefícios para pacientes, acompanhantes e colaboradores. “O ‘Lean nas Emergências’ trouxe um grande benefício, principalmente aos nossos usuários, tanto do sistema público quanto dos convênios, porque ele organiza o fluxo dessas pessoas desde a chegada e melhora a qualidade assistencial e as condições de trabalho”, reforçou Morillas Júnior.
Melhorias no Pronto-Socorro
O coordenador de enfermagem do pronto-socorro, José Anderson, destacou que o diagnóstico feito pelo HMV foi crucial. A equipe percebeu que o principal problema não era a superlotação, mas sim o giro de leitos em horários tardios.
“Hoje, as altas das enfermarias acontecem mais cedo, no período da manhã, e conseguimos transferir o paciente do pronto-socorro para a enfermaria mais precocemente. Esse giro de leito acontece mais rápido, desafogando o pronto-socorro e ampliando nossa capacidade de atendimento”, explicou Anderson.
Carolina Zenatti acrescentou que o projeto exigiu o comprometimento de todos os setores e que as melhorias continuarão reforçando o compromisso da Santa Casa com a excelência. “Agora, fazemos alguns encontros diários, como o Safety Huddle, que ocorre de manhã em todas as enfermarias, e o Briefing, que acontece às 9h e às 16h, para ter um diagnóstico situacional do hospital como um todo”, finalizou.
