Ameaçado por milícias no Rio, Freixo deve ficar no exterior por um mês
As sete ameaças de execução por parte de milicianos registradas pelo Disque Denúncia e pelo serviço de inteligência da Polícia Militar do Rio no último mês fizeram o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) aceitar um convite da Anistia Internacional para deixar o País. O deputado deve permanecer fora do Brasil até o fim de novembro.
O parlamentar, que presidiu a CPI das Milícias em 2008, embarca hoje para a Europa com a família. Pré-candidato do PSOL à Prefeitura do Rio nas eleições do ano que vem, Freixo disse que pretende manter seu nome na disputa apesar das ameaças.
Freixo se queixou que não recebeu nenhum retorno da Secretaria de Segurança do Rio sobre as últimas ameaças registradas contra ele. O deputado e sua família já vivem sob escolta policial. Mas, segundo ele, o efetivo é insuficiente.
Desde que concluiu os trabalhos da CPI, que indiciou 225 pessoas, entre políticos e policiais, foram registradas 27 denúncias de planos elaborados por milicianos para executá-lo. O assassinato em agosto da juíza Patricia Acioli, que também atuava contra paramilitares, fez o número de ameaças disparar.
“São criminosos violentos. Já torturaram jornalistas, já mataram uma juíza e ameaçam parlamentar. É possível que façam alguma coisa. Não posso arriscar”, disse Freixo. Sua saída do País também tem o objetivo de divulgar o crescimento do poderio das milícias. Apesar do número elevado de prisões de milicianos, o deputado afirma que nada foi feito contra o poderio econômico dos grupos paramilitares, que continuam a controlar o transporte alternativo, a venda ilegal de gás e de sinal de TV a cabo e a cobrar por proteção.
Para ele, as ameaças não são um problema pessoal dele, mas um ataque ao estado democrático de direito. “O Brasil não precisa de herói. Eu não nasci para ser herói. O que eu faço é exercer a minha função pública”, disse Freixo.
Todas as denúncias de ameaças contra o deputado apontam para o grupo Liga da Justiça, que atua na zona oeste da cidade. Os planos incluiriam a participação de policiais lotados em áreas ocupadas pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), pagamento de R$ 400 mil ao pistoleiro e até aliança com traficantes.
Política. Nascido em Niterói há 44 anos, o deputado mudou-se recentemente para o Leblon, na zona sul da capital, para disputar a Prefeitura no ano que vem. Sua atuação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ganhou as telas do cinema no ano passado, no filme “Tropa de Elite 2”, de José Padilha. O personagem Diogo Fraga é inspirado na atuação de Freixo.
A atuação contra as milícias também fez sua votação disparar. Entre a primeira eleição, em 2006, e a segunda, no ano passado, Freixo multiplicou por 13 o número de votos, passando de 13.547 para 177.253. Em 2010, foi o segundo deputado estadual mais votado do Rio. Ele obteve excelente desempenho também nas zonas eleitorais de bairros e comunidades dominadas por milícias.
Outro lado. Em carta enviada à Presidência da Alerj, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que todas as ameaças a Freixo foram verificadas em investigações sigilosas e que sempre disponibilizou policiais para a proteção do deputado.
Beltrame escreveu que, na quarta-feira, recebeu um ofício de pedido de escolta para a família do parlamentar, que pediu o adiamento da proteção para novembro. O secretário ressaltou que combate com rigor os paramilitares e prendeu 598 milicianos desde 2007.
O parlamentar, que presidiu a CPI das Milícias em 2008, embarca hoje para a Europa com a família. Pré-candidato do PSOL à Prefeitura do Rio nas eleições do ano que vem, Freixo disse que pretende manter seu nome na disputa apesar das ameaças.
Freixo se queixou que não recebeu nenhum retorno da Secretaria de Segurança do Rio sobre as últimas ameaças registradas contra ele. O deputado e sua família já vivem sob escolta policial. Mas, segundo ele, o efetivo é insuficiente.
Desde que concluiu os trabalhos da CPI, que indiciou 225 pessoas, entre políticos e policiais, foram registradas 27 denúncias de planos elaborados por milicianos para executá-lo. O assassinato em agosto da juíza Patricia Acioli, que também atuava contra paramilitares, fez o número de ameaças disparar.
“São criminosos violentos. Já torturaram jornalistas, já mataram uma juíza e ameaçam parlamentar. É possível que façam alguma coisa. Não posso arriscar”, disse Freixo. Sua saída do País também tem o objetivo de divulgar o crescimento do poderio das milícias. Apesar do número elevado de prisões de milicianos, o deputado afirma que nada foi feito contra o poderio econômico dos grupos paramilitares, que continuam a controlar o transporte alternativo, a venda ilegal de gás e de sinal de TV a cabo e a cobrar por proteção.
Para ele, as ameaças não são um problema pessoal dele, mas um ataque ao estado democrático de direito. “O Brasil não precisa de herói. Eu não nasci para ser herói. O que eu faço é exercer a minha função pública”, disse Freixo.
Todas as denúncias de ameaças contra o deputado apontam para o grupo Liga da Justiça, que atua na zona oeste da cidade. Os planos incluiriam a participação de policiais lotados em áreas ocupadas pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), pagamento de R$ 400 mil ao pistoleiro e até aliança com traficantes.
Política. Nascido em Niterói há 44 anos, o deputado mudou-se recentemente para o Leblon, na zona sul da capital, para disputar a Prefeitura no ano que vem. Sua atuação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ganhou as telas do cinema no ano passado, no filme “Tropa de Elite 2”, de José Padilha. O personagem Diogo Fraga é inspirado na atuação de Freixo.
A atuação contra as milícias também fez sua votação disparar. Entre a primeira eleição, em 2006, e a segunda, no ano passado, Freixo multiplicou por 13 o número de votos, passando de 13.547 para 177.253. Em 2010, foi o segundo deputado estadual mais votado do Rio. Ele obteve excelente desempenho também nas zonas eleitorais de bairros e comunidades dominadas por milícias.
Outro lado. Em carta enviada à Presidência da Alerj, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que todas as ameaças a Freixo foram verificadas em investigações sigilosas e que sempre disponibilizou policiais para a proteção do deputado.
Beltrame escreveu que, na quarta-feira, recebeu um ofício de pedido de escolta para a família do parlamentar, que pediu o adiamento da proteção para novembro. O secretário ressaltou que combate com rigor os paramilitares e prendeu 598 milicianos desde 2007.