Após longa discussão, Congresso aprova Orçamento para 2012
Após intensas negociações, o Congresso aprovou na noite desta quinta-feira o Orçamento Geral da União (OGU) para 2012 e evitou, desta forma, que o nível de investimentos públicos fosse prejudicado no próximo ano.
Por pouco, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, não impediu a votação pedindo o encerramento da sessão do Congresso por falta de quorum.
O governo e os parlamentares passaram o dia pressionando para que o pedetista não impedisse a votação, mas ele resistia, argumentando que só permitiria a votação por acordo se o governo assumisse o compromisso de negociar uma política de reajustes para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.
O parlamentar, que também preside a Força Sindical, uma das principais centrais sindicais do país, disse que esse compromisso foi assumido pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha e, por isso, impediria a votação do Orçamento, que não prevê reajustes especiais para esses aposentados.
No Orçamento, há previsão de que essas aposentadorias serão reajustadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A peça aprovada prevê ainda que a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 será de 4,5 por cento, que o salário mínimo será de 623 reais e que o IPCA ficará em 6 por cento. O Orçamento de 2012 será de 2,2 trilhões de reais.
Após a aprovação da peça orçamentária da Comissão Mista de Orçamento, o deputado se reuniu com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e recebeu telefonemas dos ministros da Previdência, Garibaldi Alves, da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, e até do vice-presidente Michel Temer.