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Base rejeita mais uma tentativa de convocar Pimentel na Câmara

14/12/2011 16h46 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Base rejeita mais uma tentativa de convocar Pimentel na Câmara

A base aliada se mobilizou novamente na manhã desta quarta-feira, 14, para impedir a convocação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A tentativa da oposição foi de trazer o ministro na comissão de Relações Exteriores da Câmara para falar sobre resolução que trata de tarifas do Mercosul. Diante das denúncias sobre a atividade de consultor de Pimentel, porém, a base não aceitou trazer o ministro.

“Devemos ter cuidado com a vulgarização da desestabilização de homens públicos que se dedicam ao país”, justificou o deputado Henrique Fontana (PT-RS) ao encaminhar a orientação da base de rejeitar o requerimento.

Autor do pedido, o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) criticou a postura dos governistas e lembrou que outros ministros blindados, como Antonio Palocci, acabaram deixando o governo. “Não foi impedindo a convocação de ministros que se garantiu a permanência deles. Todos caíram.”

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) destacou que rejeitar a convocação de Pimentel para falar de um assunto sobre sua pasta o fragiliza. “Se toda vez que um ministro estiver sob suspeita não puder vir nós criamos uma situação inacreditável. Se o ministro não pode vir para falar de nada ele fica reconhecidamente como um pato manco.”

A oposição também tentou novamente levar o ministro à Comissão de Fiscalização e Controle. Lá, no entanto, a base impediu a colocada do requerimento na pauta sob o argumento que um do mesmo teor já foi rejeitado na semana passada.

Pimentel tem sido cobrado nas últimas semanas a dar explicações sobre suas atividades de consultor durante os anos de 2009 e 2010. Empresas clientes dele fecharam contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, que foi comandada por Pimentel até 2008. O ministro nega qualquer ilegalidade. A presidente Dilma Rousseff declarou nessa terça-feira, 13, achar “estranha” a vontade da oposição de convocar o ministro, já que, para ela, a atividade como consultor é assunto “da vida pessoal passada dele”. “Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se achar que não deve ir, ele não vai”, afirmou.

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