Denúncias fazem PPS deixar base governista
A Executiva Nacional do PPS determinou a seu Diretório Regional no Distrito Federal que deixe a base de apoio ao governador Agnelo Queiroz (PT), suspeito de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, informou a assessoria do partido nesta terça-feira, 8.
Em reunião nesta terça, A Executiva decidiu por unanimidade a saída da base e a entrega dos cargos da legenda no DF. O PPS, que no âmbito nacional se opõe ao governo da presidente Dilma Rousseff, ocupa a Secretaria de Justiça do DF, a diretoria do Procon-DF e duas administrações regionais: de Planaltina e do Guará.
Carlinhos Cachoeira é acusado de chefiar uma rede de jogos ilegais. Suas ligações políticas e empresariais originaram uma CPI mista no Congresso Nacional, a partir de interceptações telefônicas feitos pela Polícia Federal.
Agnelo é supostamente citado nos grampos da PF, que investigava a rede de jogos ilegais. Denúncias publicadas na imprensa sugerem que secretários do governador teriam contato com o grupo de Cachoeira. Mais dois governadores são alvos de suspeitas de envolvimento com o suposto contraventor: Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás.
Outro político citado nas denúncias de envolvimento com Cachoeira é o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que enfrenta um processo por quebra de decoro no Conselho de Ética do Senado.