Dilma diz que 2013 terá situação melhor para economia mundial
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 24, que as perspectivas da economia para 2013 mostram uma situação melhor no cenário internacional e que já há uma percepção generalizada de que o pior da crise na União Europeia ficou para trás.
Dilma, em declaração após reunião da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia, afirmou que durante o encontro foi feita a avaliação de uma situação econômica “melhor”.
“Tanto do ponto de vista das perspectivas das economias americana, chinesa, e também a própria evolução da situação econômica na União Europeia, onde há uma generalizada percepção que a pior parte ficou para trás”, disse.
“Expressamos os nossos desejos e a nossa convicção de que este ano de 2013 apresenta uma situação melhor no que se refere ao cenário internacional”, afirmou.
A cena externa tem sido apontada pelo governo brasileiro como um dos fatores que resultaram num crescimento da economia abaixo do esperado em 2012, ano em que a expansão deve ficar em torno de 1 por cento, apesar da adoção de medidas de estímulo econômico.
Alguns países da zona do euro – como Portugal, Grécia e Espanha – enfrentam uma crise de suas dívidas que afetam suas economias e os levaram a tomar duras medidas de austeridade.
A presidente passou a manhã desta quinta reunida com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, além de diversos ministros representantes das áreas em que foram assinados acordos de cooperação.
Dilma também ressaltou, na declaração, a importância de uma política que reforce a competitividade do país para a superação da crise econômica.
“Seja através da redução do custo de capital, como nós praticamos; do custo do trabalho, através da desoneração da folha de pagamento”, explicou a presidente, citando também a redução das tarifas de energia elétrica como um estímulo à competitividade.
Dilma anunciou, na quarta-feira, a redução antecipada das contas de luz, em percentual maior do que o anteriormente previsto pelo governo. A presidente aproveitou o anúncio para descartar a possibilidade de racionamento ou estrangulamento no setor energético, em resposta ao clima de desconfiança provocado por uma baixa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, no início do mês.
Com a intenção de estimular a economia, o governo adotou no ano passado medidas como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da chamada linha branca e para automóveis e a desoneração da folha de pagamento de diversos setores, num contexto em que a taxa básica de juros –a Selic– está em sua mínima histórica, a 7,25 por cento ao ano.