Dilma volta a defender plebiscito para reforma política
A presidente Dilma Rousseff usou seu programa semanal de rádio para reforçar os pactos apresentados por ela há uma semana e defender a proposta de um plebiscito Para iniciar o processo de reforma política.
“Estou apresentando uma proposta ao Congresso Nacional de convocar um plebiscito popular para que os cidadãos opinem sobre os temas mais urgentes que o Legislativo deve discutir em uma reforma política”, como a forma de eleição dos parlamentares e os mecanismos de financiamento das campanhas, disse Dilma no programa “Café com a presidenta” desta segunda-feira, 1º.
Dilma apresentou cinco pactos a governadores e prefeitos de capitais na semana passada em resposta às manifestações populares que se espalharam pelo país nas últimas semanas.
Com foco inicial contra o aumento das tarifas de ônibus nas principais cidades, os protestos rapidamente encamparam temas como o combate à corrupção e o repúdio aos gastos do governo com a realização da Copa do Mundo de 2014.
Poucas semanas de manifestações derrubaram a popularidade da presidente e seu favoritismo folgado na eleição do ano que vem, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana.
De acordo com o levantamento, se o candidato governista fosse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não Dilma, ele poderia vencer no primeiro turno. Mas Lula, em entrevista publicada pelo Valor Econômico nesta segunda-feira, descartou novamente disputar a eleição de 2014.
CORRUPÇÃO E MÉDICOS ESTRANGEIROS
A presidente elogiou a aprovação pelo Senado do projeto que torna a corrupção um crime hediondo e disse que esse será um dos “eixos básicos” do pacto relativo à reforma política.
Entre os pactos propostos, Dilma disse que “nos próximos dias” serão detalhados os projetos nos quais serão aplicados 50 bilhões de reais relativos à melhoria dos transportes públicos nas grandes cidades.
Sobre o pacto para melhorar o sistema de saúde do país, Dilma aproveitou para esclarecer que “vamos autorizar a vinda de médicos estrangeiros somente para aqueles lugares onde os médicos brasileiros não se candidatarem, e isso em caráter temporário”, tentando aplacar a forte reação de entidades médicas contra a medida.
