Governo detalha perfil dos casos de covid-19
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Maioria das crianças se recupera; incidência em pardos é maior
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, 29, o
perfil detalhado dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
provocados pelo novo coronavírus em crianças, adolescentes e gestantes. A maior
parte evoluiu para a cura.
Os dados são referentes ao período de 16 de fevereiro a 23 de maio, época em
que houve o total de 52,3 mil internações por SRAG causada pela covid-19 no
País.
Das 916 crianças e adolescentes com a síndrome, 10,8% morreram. Crianças de
zero até 12 anos incompletos representam 72,3% (662) dos casos diagnosticados
e, destas, 62 morreram. Já adolescentes de 12 anos até 18 anos somam 27,7%
(254) dos registros e contam 37 óbitos.
Todos os Estados tiveram caso de SRAG entre pessoas de zero a 18 anos, mas os
registros mais altos foram em São Paulo com 40,7% (373), Rio de Janeiro com
11,5% (105) e Pernambuco com 10,8% (99). Juntos, esses Estados representam 63%
dos casos de todo País.
No que diz respeito a condições pré-existentes nas crianças e adolescentes que
tiveram a síndrome respiratória pela covid, 400 (43,7%) casos apresentaram
alguma comorbidade. As mais frequentes nas crianças foram as neurológicas
(17,8%), e asma (21,5%) nos adolescentes.
Raça e sexo
A incidência da doença foi mais frequente entre crianças e adolescentes que se
declaram pardos. Foram 245 (52,1%) entre as crianças e 98 (55%) nos
adolescentes.
No grupo das crianças, a maior frequência de casos de SRAG ocorreu entre os
meninos, com 55,9% (370) casos. Já no grupo dos adolescentes, o sexo feminino
foi o mais frequente, com 55,9% (142) casos.
Gestantes
O Ministério da Saúde também divulgou dados referentes às gestantes que tiveram
a SRAG. Do total de 484 grávidas com a síndrome causada pela covid-19, 7,4%
(36) morreram.
As mortes se concentraram nas gestantes que tinham entre 30 e 39 anos de idade;
foram 18 óbitos. E a menor incidência foi nas adolescentes de 12 a 19 anos, com
uma morte.
A maior parte das mortes aconteceu no terceiro trimestre da gestação, com 22
casos.
O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, também
apresentou os dados de hospitalização por síndrome respiratória aguda grave no
Brasil. Dados atualizados às 10h desta sexta-feira mostram que, neste ano,
houve 192,8 mil internações, das quais 65,7 mil foram por covid-19.
Do total de hospitalizações, 41,6 mil evoluíram para óbito, dos quais 22,5 mil
foram por causa do novo coronavírus. Nos últimos três dias, 202 pessoas
morreram devido à covid-19, e o dia com maior número de registros de mortes
pela doença foi 5 de maio, com 608 óbitos em um único dia.