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País possui acordo para ter 256,4 milhões de doses

O contrato também formaliza a transferência de tecnologia para produção da vacina

18/11/2020 09h19 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
País possui acordo para ter 256,4 milhões de doses Foto: Agustin Marcarian / Reuters

O Brasil possui dois acordos bilaterais em andamento para acessar futuras vacinas contra o novo coronavírus. O compromisso de compra e transferência da Coronavac, vacina chinesa, foi firmado pelo Governo de São Paulo, com o Instituto Butantan. O Governo Federal firmou contrato com vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, Reino Unido, em parceria com A Fiocruz e Biomanguinhos. Além disso, o País integra a Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a distribuição de imunizantes licenciados.

A parceria entre o Governo de São Paulo, o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science foi anunciada pela primeira vez em 11 de junho. Três meses depois, o governador João Doria (PSDB) assinou acordo para produção e distribuição de 46 milhões de doses da Coronavac no valor de US$ 90 milhões. Outros R$ 160 milhões serão investidos na reforma da fábrica do Butantan, que será responsável pela produção da Coronavac.

O contrato também formaliza a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan. Até dezembro, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão produzidas em São Paulo.

O Butantan recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar os produtos e insumos em outubro. A previsão é de que as primeiras 120 mil doses da Coronavac cheguem em 20 de novembro. Há expectativa de mais 14 milhões de doses em fevereiro. Em fase final de estudos clínicos no Brasil, a Coronavac é considerada uma das vacinas mais promissoras pela OMS. No Brasil, os testes são conduzidos em sete Estados brasileiros e no Distrito Federal.

O segundo acordo bilateral foi firmado entre o Governo Federal, por meio da Fiocruz, e a farmacêutica britânica AstraZeneca para produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. O contrato entre Fiocruz e Astrazeneca é de US$ 250 milhões e está limitado inicialmente a 100,4 milhões de doses, totalmente destinadas a entregas ao Ministério da Saúde e ao SUS. Ao fim do acordo, a Fiocruz terá a capacidade de produzir mais 110 milhões de doses ao longo do segundo semestre de 2021.

O contrato prevê a transferência de tecnologia da vacina de Oxford, com início da produção em janeiro do ano que vem. Ou seja, o Brasil terá acesso à tecnologia e autonomia para continuar produzindo o imunizante. O acordo prevê que não haverá margem de lucro na aquisição dos produtos necessários para a produção da vacina até 1º de julho de 2021, quando expira o contrato.

A estimativa é que a vacinação comece em março. “Não vai haver uma aplicação em massa da vacina”, explicou Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz. “Terá de haver algum critério de priorização, mas isso ainda não foi definido. Ao preço de US$ 3,16 a dose, ela é considerada uma das mais baratas quando comparada às demais negociações que seguem em curso no mundo”. Segundo ela, “no 2º semestre, já com a produção inteiramente nacional, serão mais 110 milhões de doses. Um total de 210 milhões de doses em duas etapas”. Assim como a Coronavac, a vacina da Oxford encontra-se na fase 3 de testes clínicos.

O Ministério da Saúde também mantém negociações com a farmacêutica Pfizer, mas sem nenhum acordo firmado até o momento O imunizante da empresa apresentou eficácia de mais de 90%, conforme uma análise preliminar divulgada no dia 9 de novembro.

Nesta última terça-feira (17) aconteceu a primeira reunião entre o Ministério e representantes da Pfizer. Na quarta (18), técnicos da pasta se encontram com representantes da Johnson & Johnson. Na quinta-feira (19) está prevista agenda com desenvolvedores da vacina Sputnik V. Segundo fontes do ministério, a ideia é ouvir os valores e condições de acesso à vacina que as empresas oferecem. As vacinas estão em fase três de testes, em humanos, a mais avançada no desenvolvimento desse tipo de produto.

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