As mulheres estão assumindo o poder
Já algumas décadas as mulheres começam a disputar lugares que antes só predominavam os homens, pesquisas recentes mostram em número como o campo feminino vem crescendo gradualmente em alguns setores do mercado.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) São Paulo, a representatividade feminina na População Economicamente Ativa (PEA) – pessoas ocupadas ou que estão procurando uma ocupação – vem crescendo ao longo dos anos. “Em2000 aparticipação das mulheres na PEA era de 42% e a tendência para 2020 é que atinja 49%, aproximando-se à participação masculina. Para o mesmo período, a participação das mulheres que trabalham por conta própria (sem empregados) deverá crescer de 38% para 47%”, explica Pedro Gonçalves, consultor do Sebrae-SP.
Os serviços prestados à empresas refletiu-se no crescimento de ambos os sexos. De 2003 para 2011, o crescimento foi de 14,9% entre as mulheres e 17,0% entre os homens. Nos outros serviços, as mulheres também apresentaram crescimento no mesmo período de 16,2%, contra 19,0% dos homens. Por outro lado, caiu o percentual de mulheres ocupadas nos serviços domésticos, de 16,7% para 14,5%.
Suzana Beatriz Flores de 46 anos é empreendedora há 12 anos e presidente do Conselho da Mulher Empreendedora de São Carlos da Associação Comercial – ACISC com parceria do Sebrae. Segunda ela, a oportunidade tem sido o fator de maior importância na escolha de novos investimentos, independendo do sexo do investidor, é necessário uma pesquisa de mercado no ramo onde quer investir e neste momento as mulheres possuem mais cautela e preocupação pois optam por setores que tenham mais conhecimento.
Outro fato a destacar, é a participação das mulheres com 11 anos ou mais de estudo com carteira assinada no setor privado, com de 77,5%; enquanto para homens, o indicador foi de 58,9%.
O número de médio de horas semanais trabalhadas pelas mulheres, em 2011, foi de 39,2 horas, contra 43,4 horas dos homens, ou seja, uma diferença de 4,2 horas entre homens e mulheres. Em 2003, essa diferença foi de 5,3 horas.
Já o salário é um fator ainda desigual na relação entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Entre 2003 e 2011, o rendimento do trabalho das mulheres aumentou 24,9%, enquanto que o dos homens apresentou aumento de 22,3%.
A média para mulheres no ano passado foi R$ 1.343,81, um percentual de 72,3% do que recebiam os homens R$ 1.857,63. Esses valores indicam uma evolução no rendimento em relação ao ano de 2003, quando a remuneração média das mulheres foi de R$ 1.076,04.
As pesquisas mostram o crescimento maior do nível de ocupação das mulheres no mercado profissional, ainda que em patamar bem inferior ao dos homens. Contudo a estimativa de evolução feminina continua positiva para todos os setores.