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Asfaltamento da Estrada de Ubá segue a “passos de tartaruga”

Governo paulista cumpre previsão de demorar até um ano para asfaltar 6 km, numa média de 500 metros pavimentados a cada mês

07/11/2023 08h04 - Atualizado há 3 semanas Publicado por: Redação
Asfaltamento da Estrada de Ubá segue a “passos de tartaruga” Fotos: Divulgação

Pelo jeito, o Governo do Estado de São Paulo deve cumprir a promessa de levar praticamente um ano para asfaltar a Estrada de Ubá. A placa do Governo do Estado de São Paulo anunciando o início das obras do asfaltamento da Estrada de Ubá no finalzinho de 2022 previa um prazo de 12 meses para o seu término.

A previsão da pavimentação  a “passos de tartaruga”, já previ a que seriam pavimentados 500 metros a cada mês. A obra faz parte do programa “Novas Vicinais”, lançado pelo ex-governador João Dória e que teve sequência com seu sucessor Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado nas eleições de 2022, e que será concluída na gestão do atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos);

A Vicinal ITR-020 faz ligação da estrada vicinal Itirapina ao bairro Ubá, em Itirapina, com extensão de 6 km e investimento previsto de R$ 12.798.830,67. Recentemente, o vereador Pezão Rizzo (MDB) tem cobrado esta e outras obras prometidas pela gestão municipal no período eleitoral deste ano, tentando obter votos para seus aliados.

Não bastasse a lentidão da obra, cantada em verso e prosa pelo governo municipal como grande conquista, a placa, além de tudo, falta com a verdade. Está escrito na placa que as obras começariam em 23 de novembro do ano passado, mas somente nos últimos dias de 2022, já final do dezembro, a empreiteira ganhadora da licitação começou  a implantar seu canteiro de obras no município, ou seja, com cerca de um mês ou mais, de atraso. A primeira promessa da prefeita era de que a obra começaria em março, o que não ocorreu.

A prefeita Dona Graça Zucchi de Moraes (PSDB) anunciou a realização da obra quando o então governador João Dória anunciou na manhã do dia 31 de janeiro de 2022, na Universidade Unimar em Marília, a pavimentação dos 6 quilômetros da estrada vicinal.

Naquele dia, prefeita de Itirapina e o vice-prefeito Antonio Rafael Sanches (Lemão Sanches) participaram do lançamento da 8ª fase do programa Novas Estradas Vicinais, que é coordenado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

A pavimentação somente começou em maio deste ano e em setembro já havia um trecho asfaltado. O mais provável é que obra seja inaugurada no final de 2023 ou em janeiro de 2024.

PROMESSAS

Em janeiro do ano passado, o Governo do Estado de São Paulo anunciou mais R$ 788 milhões para a próxima fase do programa Novas Estradas Vicinais. Esta etapa, que já é a oitava, vai beneficiar 95 vias, por meio do DER, com um total de 822 quilômetros de extensão, e R$ 6,9 bilhões em investimentos.

Os recursos seriam destinados à pavimentação das estradas, recuperação funcional e modernização das vias municipais.

O investimento previsto faz parte do programa Pró SP, um amplo pacote de obras estruturantes do Governo para auxiliar na retomada do crescimento econômico, oferta de emprego e geração de renda em 2021 e 2022. A iniciativa prevê recursos que totalizam R$ 50 bilhões para obras nas áreas de infraestrutura, transportes, educação e saneamento.

As estradas vicinais são importantes para o escoamento da produção agrícola e para a economia regional. Além disso, são essenciais para o deslocamento da população aos grandes centros urbanos. Nesta fase, o foco será em pavimentação, melhorias e recuperação funcional.

Na região de Rio Claro (correspondente à DR 13 do DER), cinco vicinais seriam beneficiadas, que somam investimentos do Governo de SP de R$ 51 milhões e 47,9 km de melhorias.

POLÊMICAS

A informação do Governo do Estado era de que a obra deveria iniciar em março de 2022 e o valor estimado seria de R$ 11 milhões. Enquanto a atual prefeita e seu grupo, incluindo a sua base de vereadores na Câmara Municipal, tentam dar a ela a maternidade da obra, lideranças e vereadores de oposição lembram que a pavimentação da via é uma luta histórica do Município que envolveu várias lideranças.

Na verdade, como mostram todas as informações, a obra faz parte de um projeto maior engendrado pelo Governo do Estado que vinha atrasando esta obra há muitos anos. Mesmo assim, a atual prefeita tenta capitalizar a obra para reforçar sua provável candidatura à reeleição no próximo ano.

 

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