Associação que auxilia aidéticos deve R$ 300 mil
Criada em 1995 por Maria José Castilho e outras voluntárias, a Associação de Apoio às pessoas vivendo com AIDS/HIV de São Carlos tem hoje dívida de R$ 300 mil com a Receita Federal: “Desde 2006 a entidade tem problemas com a Receita”, afirma Maria Aparecida de Lima presidente da entidade desde setembro deste ano.
E ela explica: “Isto se dá por não conseguirmos pagar os encargos como empresa normal. A casa não tem mais o título de filantropia, e hoje pagamos os encargos como uma empresa comum”, afirma Lima, que tomou conhecimento da dívida após assumir a presidência: “Comecei a receber cartas da receita, e quando fui ver, a dívida estava em R$ 300 mil”.
“Estamos buscando medidas judiciais para tentar amenizar a questão dos tributos, para ajudar à casa a voltar ao título de filantropia. Esse é um dos objetivos agora”, explica o advogado Reginaldo Silveira, vice-presidente da entidade, e responsável jurídico da casa, que completa: “Inclusive hoje (14) recebemos visita do Ministério Público, que foi fazer vistoria na casa e eles encontraram a casa em ordem, eles não fizeram nenhuma exigência, ao contrário, elogiaram a entidade”, diz.
Segundo Lima, a entidade tem convênios com a Prefeitura Municipal e com o DST- AIDS de São Paulo: “Recebemos R$ 38.400 do DST-AIDS, e da Prefeitura recebemos R$ 60 mil, e essa é a averba que nós temos para o ano todo. O restante são doações, mas as doações financeiras são poucas. Temos alguns sócios que são fiéis. Mas, por exemplo, este mês, foi repassado para mim R$ 1.067 apenas. Então dependemos de doações para pagar luz, telefone. O dinheiro que recebemos não está sendo suficiente para pagarmos nem os funcionários, que hoje está em torno de R$ 190 mil anualmente”, diz Lima.
Segundo a presidente, o título de filantropia significaria uma redução de 70% nos encargos da entidade: “Estão pensando em lançar uma campanha para tentar arrecadar fundos. Se eu conseguir ajuda pra manter o pagamento do parcelamento, não o pagamento da dívida total, já ajuda. Então vou precisar de ajuda da população, de algum empresário…Eu me comprometo a prestar conta de cada centavo. Se eu conseguir parcelar as dívidas com a receita, posso entrar novamente com pedido de filantropia, daí deixamos de pagar esses encargos e casa vai fluir normalmente”, explica a presidente.
A casa comporta 16 internos, mas atualmente auxilia 10 pessoas. Funcionários são ao todo 8: duas enfermeiras, dois técnicos, 1 auxiliar, uma cozinheira e uma faxineira.
Tem algo estranho com esta Associação, dever 300 mil ao governo em tributos precisa ter recebido muito dinheiro no passado e ainda ter vários funcionários, além disso remédios e tratamento para aidéticos é um direito dos doentes pelo SUS, este medicamento é todo distribuídos gratuitamente, é preciso investigar esta Associação e ver de onde surgiu esta divida. Tem que agir com mais seriedade nestes casos, porque agora é a velha história de sempre, campanhas, doações etc…e a conta sempre quem paga é o povão…acostumaram a viver no bolso do povão, assim fica muito fácil dirigir uma Associação, uma Santa Casa, um Albergue um Asilo. No final sempre o povo que arca com as despensas.
Essas “associações” precisam ser monitoradas de perto pelo MP pois tem algumas que são piores que Santas Casas , é um saco sem fundo os governos jogam caminhões de dinheiro e nunca esta bom ou funciona.
O absurdo é vermos que uma associação que cuida de aideticos recebe 60 mil,enquanto algumas associações esportivas recebem a mesma coisa ou muito mais, será que é certo isso,? Não tem alguma coisa errada na prefeitura?
Hoje em dia qualquer um vai abrindo associação e acham que é facil tocar, tem toda uma documentação e impostos para pagar