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Atuação dos fisioterapeutas nas UTIs brasileiras é foco de pesquisa

Projeto convida profissionais de UTIs para responderem questionário eletrônico

27/04/2021 12h23 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Atuação dos fisioterapeutas nas UTIs brasileiras é foco de pesquisa Foto: Divulgação / Agência Brasil

Uma pesquisa desenvolvida no curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende fazer um levantamento a respeito da assistência fisioterapêutica dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) – específicas para pacientes adultos – do Brasil. A proposta é compreender como se dá a escolha dos diversos recursos e técnicas utilizados por fisioterapeutas que trabalham nesses ambientes, se essas escolhas são baseadas em evidências científicas e se há protocolos de assistência estabelecidos. O estudo é realizado por Ana Luiza Camargo, graduanda do último ano do curso de Fisioterapia, sob orientação de Adriana Sanches Garcia de Araújo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.

A pesquisadora explica que a ação do fisioterapeuta em uma UTI-Adulto é essencial e capaz de melhorar os resultados dos tratamentos, reduzir os riscos associados aos cuidados intensivos e minimizar os custos gerados por esse tipo de internação, desde que seja bem prescrita. “O fisioterapeuta que trabalha em uma UTI-Adulto atua na prevenção e diminuição da fraqueza muscular adquirida, minimizando efeitos que podem levar à queda da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade. Além disso, é responsável por executar terapias diretamente relacionadas a disfunções respiratórias, tais como expansão pulmonar e de higiene brônquica, e auxílio na condução da ventilação mecânica”, enumera Camargo.

No entanto, de acordo com ela, ainda há poucos estudos – e os que existem são antigos – que demonstrem as práticas dos fisioterapeutas nas UTIs do País. “Esse levantamento é necessário pois, com o avanço das pesquisas de qualidade e o surgimento de novas intervenções com evidências científicas, entende-se que há a necessidade de atualização profissional e de adoção de tais práticas nas unidades assistenciais. Sendo assim, elaborar um estudo que contemple o levantamento de dados atuais, que mostrem como são estabelecidas as práticas dos profissionais fisioterapeutas de UTIs brasileiras, é interessante para identificar os pontos fortes e fracos dessa atuação”, destaca a graduanda. Além disso, Camargo alerta que a falta de embasamento científico leva à realização de condutas e terapias sem qualidade comprovada e, possivelmente, sem efeitos benéficos a curto, médio e longo prazos, podendo até causar malefícios aos pacientes.

De acordo com ela, as informações obtidas poderão, futuramente, contribuir no estabelecimento de rotinas e protocolos assistenciais, permitindo um processo de tomada de decisão assistencial de qualidade, além de fornecer subsídios para a oferta de capacitações aos profissionais atuantes em UTIs.

Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados fisioterapeutas atuantes em UTIs-Adulto de qualquer região do Brasil (sistemas público ou privado de saúde). Os voluntários devem responder este questionário eletrônico (https://bit.ly/32kGwwG), com cerca de 15 minutos de duração, até o mês de setembro. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected]. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 44534721.5.0000.5504).

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