Audiência decide se motociclista vai a júri
Triatleta Luisa Baptista passou 2 meses em coma, mas teve alta hospitalar 100 dias após ser internada
Está sendo realizada nesta quarta-feira (12), no Fórum Criminal de São Carlos, a primeira audiência sobre o caso do atropelamento da triatleta Luisa Baptista, quando se decide se o motociclista Nayn José Sales vai a júri popular.
Em outubro de 2024, o juiz André Luiz de Macedo aceitou a acusação do Ministério Público que mudou a tipificação do crime dada pela Polícia Civil de lesão corporal culposa (sem intenção) para tentativa de homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar).
De acordo com o promotor de Justiça de São Carlos, Daniel Henrique Silva Miranda, Nayn assumiu o risco de produzir o resultado morte com sua ação, pois não tinha CNH (carteira nacional de habilitação).
O motociclista participou de uma festa open bar durante a madrugada, trafegou em velocidade acima da permitida por trecho perigoso da Estrada Municipal Abel Terrugi (SCA-329), no distrito de Santa Eudóxia, logo após curva acentuada devidamente sinalizada, na contramão de direção.
A defesa de Nayn vê “excesso acusatório” e diz que não há razão de levá-lo ao Tribunal do Júri.
A audiência começou às 14h, devendo ouvir 12 testemunhas: 9 de acusação e 3 de defesa. Em seguida, está previsto o interrogatório do réu. Depois, o juiz decide se ele se irá a júri popular ou não.
ACIDENTE
Em 23 de dezembro de 2023, Luisa Baptista foi atingida por uma motocicleta enquanto treinava com um grupo de ciclistas em São Carlos-SP. A colisão aconteceu frontalmente. A triatleta teve múltiplas fraturas e lesões, principalmente no pulmão. Ela recebeu socorro em estado gravíssimo e foi levada para Santa Casa de São Carlos, onde passou por diversas cirurgias. Em seguida, com o quadro estabilizado, teve sua transferência para o Hospital das Clínicas dois dias depois.
Desde então, Luisa passa por um processo intenso de reabilitação e vem melhorando cada vez mais o seu estado de saúde.
