Com entulheira fechada, dobra número de denúncias de descarte ilegal
Após o fechamento da entulheira do Cidade Aracy, cresceu o número de descartes ilegais na cidade. Quem afirma é Caio Graco Hortenzi Vilela Braga, secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Segundo ele, antes do fechamento, o número de denúncias era, em média, de duas a três por dia; após 12 de abril, quando a entulheira deixou de receber as caçambas, o número de denúncias de descarte ilegal dobrou, ficando entre cinco e seis por dia.
“Temos fiscalizado sempre”, afirma o secretário, que completa: “O problema é que esses descartes são feitos fora do horário de expediente: ou de fim de semana, quando a fiscalização está de plantão, mas não está toda na rua, ou de noite e de madrugada, principalmente”.
A Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano conta com uma equipe de 20 fiscais: “E eles são responsáveis por fiscalizações ambientais, poluição sonoro, de posturas. O efetivo não é para fiscalizar apenas descartes ilegais”, pontua o secretário.
Questionado sobre os pontos em que descartes ilegais já foram identificados, ele cita o Parque São José, o Jardim De Cresci, o Jardim das Torres, o Jardim Botafogo, o Parque Primavera, a Chácara das Flores, o Parque Douradinho, o Jardim Maracanã, o Presidente Collor e o Jardim São Paulo, sendo os últimos cinco os mais críticos.
A prefeitura, por meio da sua assessoria de imprensa, afirma que além dos 20 fiscais da Secretaria de Habitação, também a Coordenadoria de Meio Ambiente possui dois funcionários que atuam na fiscalização de descartes ilegais. Esse processo dá-se tanto por meio de denúncias quanto por meio de rondas.
Questionada sobre se os entulhos encontrados pela prefeitura já estão sendo recolhidos, a assessoria explica em nota: “Temporariamente, os caminhões da empresa terceirizada Revita recolhem o resíduo sólido da construção civil descartado clandestinamente (sempre durante a noite) pelos caçambeiros e descartam definitivamente no aterro de Guatapará”.
A assessoria não soube informar o número de pontos de descarte ilegais na cidade, nem o volume de resíduos até o momento recolhido.