Começa a temporada de matrículas nas particulares
Por vezes, algumas queixas “azedam” a relação entre pais e colégios, na hora da matrícula escolar. As reclamações mais comuns são: reajuste da anuidade, cobrança de valores extras para reserva de matrícula, retenção do pagamento em caso de desistência ou rejeição da matrícula de alunos inadimplentes. As exigências em relação à lista do material escolar também causam, com frequência, problemas. Como evitar perder a razão ou gastar além do devido?
O melhor caminho é conhecer, em cada uma dessas circunstâncias, os direitos de cada lado para saber o que é obrigação e o que é concessão e, nesse caso, se você concorda com as exigências. A pedagoga Cilene Gabriela Muriel, 34, orienta aos pais muita cautela e paciência, “afinal estão escolhendo a escola dos filhos”.
Cilene diz ainda que é a criança também deve ser ouvida no processo da escola da nova escola, quando ela já possui uma “certa autonomia”. “Trabalhar a autonomia com a criança é importante. Ela deve opinar na escolha, e todos os argumentos foram colocados na mesa”, explica.
A ESCOLA – Para Cilene a escolha da nova escola é deve obedecer alguns critérios. “Os pais devem olhar a estrutura física do colégio. Uma boa estrutura física poderá garantir espaços diversos no processo ensino-aprendizagem, porém o olhar para as questões pedagógicas é fundamental”, afirma.
Os pais devem observar qual pedagogia utilizada pela escola. Se utilizam material didático, olhar com cuidado o material, verificar qual o foco do material, ou seja, a formação humana, o vestibular, a interação com os novos modelos de comunicação como a internet. Se a escolha for para uma escola de educação infantil é fundamental observar a estrutura do colégio, e a formação humana oferecida aos alunos. “Às vezes você encontra uma boa escola com um preço acessível na mensalidade. O importante é unir as duas coisas, mas nunca esquecer que a escola tem parte fundamental na formação dos filhos, explicou Gabriela.
ANUIDADE – As escolas têm liberdade para reajustar suas mensalidades, mas devem comprovar as despesas e investimentos para justificar o percentual do aumento aplicado. O importante é que haja transparência para que os contratantes possam avaliar os custos. O montante da matrícula deve fazer parte do valor da anuidade. Normalmente a anuidade é parcelada em 12 mensalidades iguais, mas outras formas de pagamento podem ser negociadas. As escolas podem rejeitar a matrícula de alunos inadimplentes, embora não possam aplicar sanções pedagógicas do tipo impedimento de realização de provas, de recuperação ou mesmo reter documentos que prejudiquem a transferência do aluno.
MATERIA ESCOLAR – Muitas escolas propõem a cobrança de uma taxa e assumem a aquisição do material escolar. Justificam que além de sair mais em conta para os pais, podem, assim, garantir a qualidade e a uniformidade do material e assegurar que todos os alunos terão o material a tempo. Contudo, a oferta não pode ser uma imposição, tirando dos pais o direito de escolher e de batalhar por preços mais convenientes. A escola também não pode determinar a marca dos materiais usados. Outra opção do consumidor é pedir informações quanto à ordem de uso do material escolar para que possa escalonar sua compra. Dessa forma, fica mais fácil aliviar o peso de tantas despesas no início do ano.
TRANSPORTE ESCOLAR – além dos muitos cuidados em relação à segurança do transporte, é importante firmar contrato para estabelecer a forma de pagamento e as penalidades em caso de rompimento unilateral.
Não assine nada sob pressão e não deixe de ler cuidadosamente o que está assinando para que seu bolso não saia no prejuízo. (JEFERSON VIEIRA) {jcomments on}