Como fica a volta às aulas na cidade?
Estado inicia em sistema de rodízio no dia 8; município começa com aulas remotas também no dia 8 e presenciais só em março
O Governo Estadual anuncia uma data, volta atrás, anuncia outra; a Justiça suspende, outra liminar suspende a liminar de suspensão; enfim, algumas incertezas pairam sobre o retorno das aulas na esfera pública. O mesmo ocorre com a expectativa dos pais. “Gostaria de mandar minha filha para a escola, mas ainda tenho medo, pois estão aumentando muito os casos de Covid-19”, comentou Paula Frazão, corretora de imóveis e mãe de uma menina de 7 anos.
Já o formando em Psicologia, Diego Santos, pai de uma menina de 4 anos, teme que a falta de vacinação na comunidade escolar possa levar o vírus para dentro de casa e atingir os familiares, inclusive os avós. Segundo ele, em relação ao desenvolvimento psíquico e social da filha, a escola faz bastante falta. “É algo que deveria voltar com urgência, desde que dentro de um plano bem organizado para amenizar os contágios.”
REDE MUNICIPAL – De acordo com a Professora Valéria Maria Feltrin Sanches, secretária municipal de Educação e Cultura, o calendário escolar para o ano letivo de 2021 da rede municipal foi aprovado pelo Conselho Municipal de Educação e já homologado, o qual prevê o início das aulas para o próximo dia 8 de fevereiro somente com aulas remotas. “Caso esses números de Covid-19 caiam, iniciaremos a partir de março as aulas presenciais, de forma gradual, com 35% dos alunos presenciais, em sistema de rodízio”, adiantou.
Os professores retornaram ao trabalho nesta semana, também de forma online, para o planejamento escolar. “Temos a intenção de criar canais de comunicação com os alunos e familiares, como grupos de WhatsApp, e-mail e outros, que possibilitem a escola estar mais próxima do aluno. O aluno precisa sentir a proximidade do professor. Vamos trabalhar ainda com os materiais impressos existentes na rede e outros que serão construídos pelos próprios professores”, relatou Valéria.
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA – Ela salientou que a rede municipal adotará todas as medidas de segurança contra o Covid-19, como o uso de máscaras por todos, higienização frequente das mãos, a preservação do distanciamento de pelo menos 1,5m, ventilação nas salas de aula, organização de entrada e saída de alunos, aferição da temperatura na entrada, realização de intervalos e recreios escalonados, a limpeza frequente das salas de aula, mesas, cadeiras, maçanetas, torneiras e sanitários, condições essenciais para um retorno seguro.
MERENDA NA ESCOLA – A secretária informou também que todas as unidades escolares terão totens para álcool em gel, termômetros a laser e máscaras descartáveis e de tecido. Até porque a partir do próximo dia 8 de fevereiro, os alunos receberão a merenda na escola em que estão matriculados. “As escolas estão se organizando para que não haja aglomerações, mantendo todos os protocolos sanitários que o momento exige”, comentou. “A merenda é um direito de todos os alunos e não só de alguns.”
A rede municipal de ensino conta hoje com mais de 2 mil alunos matriculados, divididos em Educação Infantil (inclusive creche), Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e EJA do Ensino Fundamental I e II.
Aulas na Rede Estadual
A Professora Caroline Campidelli, diretora de Escola Estadual – Professor Joaquim de Toledo Camargo, informou que as aulas devem iniciar no próximo dia 8 de fevereiro, com 35% dos alunos em escala de revezamento. “Estamos com uma boa expectativa sobre o retorno das aulas”, disse, ao explicar que o retorno será seguindo todos os protocolos de segurança sanitária, como carteiras intercaladas, álcool em gel em todas as repartições da escola, uso obrigatório de máscaras, higienização constante do prédio, entre outros.
Paralelo ao retorno presencial por revezamento, a diretora relatou que há também todo um trabalho de aulas online, com professores conectados aos grupos das redes sociais e com os aplicativos de aprendizagem disponíveis pelo Estado. A única escola estadual de Itirapina conta com aproximadamente mil alunos, distribuídos entre o Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Participação dos pais
Questionada sobre como os pais e responsáveis podem colaborar, Caroline afirmou que eles devem participar ativamente da educação dos filhos, acompanhando e cobrando a realização das atividades. Valéria também frisou a necessidade dos pais incentivarem os filhos a realizarem as atividades remotas, sejam elas impressas ou online. As duas professoras gestoras foram unânimes em ressaltar a importância dos pais como parceiros da educação, mais do que nunca neste momento difícil que o mundo está passando.
