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Condephaat tomba oito imóveis históricos de São Carlos

05/02/2020 00h07 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
Condephaat tomba oito imóveis históricos de São Carlos Fotos: Marco Rogério

O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turísicot do Estado de São Paulo) aprovou o tombamento de um conjunto de 8 imóveis históricos de São Carlos. A decisão está confirmada na Resolução SC 48, de dezembro de 2019, publicada do Diário oficial do Estado de São Paulo em 21 de dezembro 2019 e foi entregue à direção da fundação esta semana.
Entre os bens tombados estão o Palacete Bento Carlos de Arruda Botelho, a antiga Sede da Societá Dante Alighieri, atual CDCC, a antiga Câmara Municipal e Fórum, atual Edifício Euclides da Cunha, a EEPG Eugênio Franco,  o antigo Jardim Público, atual Praça Coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho, a antiga Casa do Visconde da Cunha Bueno, localizada na Rua Dom Pedro II e ainda o Conjunto Arquitetônico da Antiga Estação Ferroviária, atual sede da Fundação Pró-Memória de São Carlos.
“A importância da representação urbana contida no conjunto de imóveis listados da cidade de São Carlos, expressiva das transformações propiciadas pelo surto cafeeiro; A importância cultural dos bens como lugares de morar, de ensino, de lazer e de uso público da sociedade no período áureo do café; As características arquitetônicas e de programa dos imóveis listados, exemplares do partido eclético e das cidades da Primeira República”, cita o Condephaat, justificando a decisão.
Além dos imóveis, o conselho estadual  de defesa do patrimônio delimitou uma área envoltória de proteção aos imóveis, baseada na legislação municipal vigente, inclusive reafirmando a limitação de gabarito de  nove metros para reformas ou novas construções. Conforme o Artigo 5º da Resolução, quaisquer intervenções nos edifícios listados e na área envoltória estabelecida deverão ser previamente aprovadas, mediante projeto a ser submetido ao Resolução SC 48, de 19/12/2019, publicada do Diário oficial do Estado e SP em 21/12/2019.
A arquiteta da Pró-Memória, Mariana Arruda Camargo Luquino, explica que o tombamento do pacotão representa o reconhecimento do Estado para o belo conjunto arquitetônico histórico preservado do município de São Carlos. “Antes tínhamos apenas a Fazenda Pinhal, as escolas Paulino Carlos e Álvaro Guião, o Palacete do Conde e a Fazenda Santa Maria como imóveis tombados”. Segundo ela, São Carlos tem hoje uma situação privilegiada e o tombamento pode facilitar a obtenção de recursos para preservação dos bens”, comenta ela.  Outra coisa importante é que qualquer alteração nos imóveis e no conjunto arquitetônico tombados só poderá ser realizada com autorização do Condephaat.
Para a presidente da Fundação Pró-Memória, Maria Isabel Alves Lima, o tombamento é motivo de grande felicidade. “São Carlos preserva um conjunto arquitetônico histórico que poucos municípios brasileiros têm”, destaca.  

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