Contagem regressiva para o ‘fim do mundo’
Falta apenas um dia para o burburinho do ‘fim do mundo’ – isso é o que dizem por aí. Mas as opiniões divergem: há os que acreditam na profecia maia, os que pensam que é apenas o fim de um ciclo e as pessoas que continuarão sua rotina normalmente.
Segundo a letra do velho sambista Assis Valente em outras épocas já: “anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. Acreditei nesta conversa mole e fui tratando de me despedir. Beijei a boca de quem não devia. Peguei na mão de quem não conhecia (…) E o tal mundo não se acabou…”.
Para os adeptos da interpretação do calendário maia nesta sexta-feira, 21, teremos o ‘fim do mundo’, segundo a estudante de psicologia Juliana Salgado, “acredito que é o prenúncio do fim”. Ela explica que a profecia da civilização Maia originou-se onde hoje são as regiões do México, Guatemala e El Salvador.
Porém, Sylvia Palumbo Scrocco, professora de yoga clássico, explica que lendo sobre a civilização Maia é apenas o fim de um calendário e o começo de um novo calendário que marca um novo ciclo. Ela afirma que a sexta-feira (21) será um dia normal como qualquer outro. “Acho que a humanidade sempre precisou de datas catastróficas para iniciar uma reforma mais intima”, diz.
Sylvia ressalta que como professora de yoga interessou-se em saber a verdade e procurou ler e assistir mais documentários sobre a civilização maia. “Não precisamos de um calendário Maia para perceber que esse sistema atual não tem funcionado e que precisamos realmente mudar a maneira que encaramos de fato a vida, e o que ela realmente representa. Precisamos ser”.
Já para Adilson Marques, professor e coordenador do projeto homospiritualis, um programa de educação espiritualista sem finalidade religiosa, há uma crença de que vivemos em um momento de transição no qual alguns fenômenos vão se tornar mais evidentes, mas o mundo, necessariamente, não vai terminar no dia 21 de dezembro. “A mudança que estamos para vivenciar é no plano consciencial e isso afetará de forma positiva toda a sociedade”, diz.
Marques ressalta a discussões a respeito do calendário Maia, pois os maias foram uma civilização que desapareceram entre o século VIII e IX. “Eu não sei de onde saiu o 21 de dezembro de 2012, mas, provavelmente, não foram os maias que previram isso. A não ser que eles já profetizassem o domínio do calendário gregoriano e sua divisão em 12 meses dominando o planeta após o século XVI”.
Crenças
De acordo com Daniele Cristina Zorzi, psicóloga cognitivo-comportamental, para entendermos as crenças humanas, sobretudo as que dividem opiniões a respeito do ‘fim do mundo’, é necessário desvendarmos o que está por trás das crenças, no que as pessoas acreditam ou não.
“Na crença do ‘fim do mundo’ está por trás a finitude de cada pessoa, como cada uma encara tanto a morte quanto as expectativas para o futuro”. Ela ressalta que muitas das vezes que nos pegamos pensando sobre o final dos tempos, surge à idéia de como se dará o fim (fogo/enchentes/terremotos) ou se o final não ocorrer como previsto, qual o planejamento que faremos, já que tudo continuará em seu estado normal.
Eu não acredito porque nem Jesus sabe a data só DEUS sabe a data e a hora quem fala que vai acabar é porque não tem o que falar
Fim do mundo?
Eu vou.
Faltam 2 horas para o fim do mundo!!