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Cresce o índice de partos normais feitos na maternidade de São Carlos

15/03/2018 11h03 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Cresce o índice de partos normais feitos na maternidade de São Carlos

Os números da Maternidade Francisca Cintra Silva mostram uma adesão cada vez maior aos partos normais. Os números fornecidos pela instituição mostram que o índice de cesáreas, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018, apresenta quedas expressivas.

 

De acordo com as estatísticas, em janeiro de 2017, de 139 crianças que nasceram na maternidade, 83 foram por cesárea e 56 normais – um índice de 59,7%.

Na comparação com o mesmo mês de 2018, um outro panorama: de 124 nascimentos, 41 foram cesarianas e 83 partos normais – um índice de 33,1%.

Os meses de fevereiro de 2017 e de 2018 mostram outra queda significativa de cesáreas. No ano passado, de 131 nascimentos, 59 foram normais e 72 cesáreas (índice de 55%). No mês passado, de 154 nascimentos, 112 foram normais e 42 cesáreas – índice de 27,3%.

Heitor Tortes Ameliano, que nasceu em novembro do ano passado, faz parte da estatística da Maternidade. A mãe, Tânia Moreira, de 25 anos, disse que todo o processo reforçou a sua convicção de ter o filho por parto normal.

“Desde o momento que fui internada a equipe me estimulou a fazer o parto humanizado. Me senti segura, tive o apoio de todos. As enfermeiras, os médicos, ficaram todo o tempo ao meu lado. Estou satisfeita com o atendimento”, relatou.

Segundo Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o País onde mais se realizam cesáreas no mundo. As taxas chegam a 84% no sistema privado e a 40% no SUS — o recomendado pela OMS é 15%.

A cada 10 partos realizados em maternidades particulares no Brasil, 8,5 são cesáreas. É essa discrepância na rede privada que faz com que o Brasil ainda ostente o triste título de País com mais cesarianas do mundo. “O parto é um processo normal, que deve ser interrompido desde que devidamente necessário. Caso contrário, adotamos métodos de alívio da dor e apoio psicológico que incentivam as cesáreas”, comentou o coordenador da Maternidade, Humberto Hirakawa.

Reconhecimento

O provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, reconhece as falhas da Maternidade no passado., inclusive com o registro de mortes de recém-nascidos. “Mas tomamos as providências devidas. Tivemos óbitos que eram evitáveis, afastamos equipes médicas, colocamos os casos sob investigação do Comitê de Ética, os responsáveis foram denunciados ao Conselho Regional de Medicina e serão responsabilizados. Trocamos 90% da equipe médica e funcionários foram trocados. Hoje, alcançamos um índice de 70% dos partos humanizados, os mais altos percentuais do Brasil”, disse.

Segundo o provedor da Santa Casa, na ouvidoria, índice de satisfação do usuário da Maternidade beira os 100%. “E, mesmo de forma tímida, já fazemos reformulações na Maternidade para nos tornarmos modelo”, disse Morillas Júnior.

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