Crianças de Emeb transformam paisagem do bairro
Crianças do 3º ano do ensino fundamental, com idades de 8 a 9 anos, da Escola Municipal de Educação Básica ‘Angelina Dagnone de Melo’, mudaram a paisagem de uma viela no bairro Santa Felícia, com a ajuda da comunidade e por meio do Programa Mais educação, do Ministério da Educação.
Através do projeto, a escola oferece oficinas de rádio, teatro, fundamentos do esporte, taekwondo, letramento e matemática.
A coordenadora local, Flávia Camila Gomes, diz que o programa é um incentivo a educação complementar do aluno e muito importante para sua formação educacional, ambiental e intelectual. E tem a adesão de 80 alunos da escola.
Os alunos passam por uma viela de três quarteirões para chegarem às aulas de taekwondo. Ela tinha os muros pichados, mato e lixo. Descontentes com o visual desse caminho, as crianças, junto aos monitores do projeto, tiveram a ideia de transformar essa paisagem mal cuidada em uma outra revitalizada e mais bonita.
Com a colaboração da comunidade e parcerias com órgãos públicos, começaram os trabalhos de recuperação de um quarteirão, dos três que a viela abrange. Os alunos fizeram os desenhos, os grafiteiros passaram as ilustrações para os muros, moradores carpiram e limparam a área, um carro de som anunciou a ação pelas ruas, convidando a todos para participarem da revitalização. E muito vieram, participaram e terminaram a obra, rebatizaram a viela de “Caminho das Flores”.
O aluno Rafael Sérgio de Souza, 9, participa de todas as atividades do programa e se mostra muito satisfeito com os resultados. Antes do projeto, ele passava as tardes em casa em frente a TV e ao computador. Por incentivo de sua mãe, começou a participar do projeto. “Na escola eu passo horas fazendo várias atividades e acho muito legal tudo que estou aprendendo”, comenta Souza.
O oficineiro de rádio, Thiago Emanuel Ferreira, 30, participa do projeto em três escolas municipais, ensinando gêneros e formatos radiofônicos, como spots, vinhetas e jingle. Para cada escola ele adapta os conteúdos de acordo com a proposta de cada turma. “A gente tenta passar tudo que a gente sabe e ao mesmo tempo escutar o que eles sabem, porque isso contribui para que aula seja mais rica e proveitosa”, comenta Ferreira.
O projeto propõe que alunos da rede pública permaneçam na escola por um período maior de quatro horas, participando de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos, como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para o ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio-escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.