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Dia Municipal é comemorado no CEMAC

Mais do que uma questão de respeito, trata-se de garantir a liberdade de crença, um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988

24/01/2025 19h17 - Atualizado há 1 dia Publicado por: Redação
Dia Municipal é comemorado no CEMAC

O combate à intolerância religiosa é um dever coletivo, que exige ações conjuntas entre o poder público, as instituições de ensino, as comunidades religiosas e a sociedade civil. Mais do que uma questão de respeito, trata-se de garantir a liberdade de crença, um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, mas frequentemente violado.

Para alertar sobre esse direito constitucional e chamar a atenção da população para o debate, a Prefeitura de São Carlos, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania e de Cultura e Turismo, apresentou no dia 21 de janeiro, no palco do CEMAC (Centro Municipal de Artes e Cultura), o espetáculo “Viela Sem Via – A Solidão da Mão Preta com o Coletivo BaobAfro.

O espetáculo, selecionado via PROAC (Programa de Ação Cultural), conta a história de uma geração de mulheres pretas pertencentes a uma família candomblecista. Desafios cotidianos de uma pessoa surda são enfrentados por Maria, mãe de Ágatha. Este é um espetáculo bilíngue com duas línguas presentes: português e Libras, com atores surdos e ouvintes, levou um bom público ao CEMAC para comemora a data.

“Vejo como responsabilidade dos pais e da comunidade erradicar a intolerância religiosa, é uma tarefa difícil de realizar, mas acredito que podemos fazer um futuro melhor para as gerações que estão vindo e para quem já está aqui. Por isso nunca podemos deixar essa data sem comemoração”, disse Gisele Santucci.

Para Leandro Severo, secretário de Cultura e Turismo, os casos de intolerância vão além das ofensas e ameaças. “Muitas vezes, eles resultam na exclusão social e no medo de professar livremente uma religião. O preconceito contra determinadas definições também reflete um racismo estrutural, já que religiões de matriz africana, em especial, são historicamente associadas a estigmas e desinformação”.

O vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Roselei Françoso, representou o prefeito Netto Donato no evento e falou da importância da data. “A luta contra a intolerância religiosa é uma luta pela igualdade, pela justiça e pela paz. Mais do que nunca, é preciso agir para construir uma sociedade onde cada pessoa seja livre para acreditar, praticar e celebrar sua espiritualidade sem medo ou discriminação”.

De acordo com dados do Disque 100, serviço que recebe denúncias de transparência de direitos humanos no Brasil, as denúncias de intolerância religiosa aumentaram significativamente nos últimos anos. No entanto, os especialistas apontam que muitos casos ainda não são registados, seja por medo, seja por desconhecimento dos mecanismos legais disponíveis.

A professora Carmelita Silva, da rede municipal de ensino, também participou da organização do evento.

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