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Dificuldades no Ensino Médio ajudam a explicar baixa procura pelas exatas

02/10/2012 12h49 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Dificuldades no Ensino Médio ajudam a explicar baixa procura pelas exatas

Estudo realizado pelo economista Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)e Universidade de São Paulo (USP), e baseado nos Censos de 2000 e 2010 revela que profissões relacionadas à área de exatas estão em alta no país.. No entanto, estudo revela também que a oferta não acompanha a demanda, já que se formam mais profissionais em cursos ligados à área de humanas. Isto se revela, por exemplo, de engenheiros.

“Com certeza faltam engenheiros no país”, afirma Paulo Antônio Silvani Caetano, Diretor do Centro de Ciências Exatas (CCET) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).“Estamos formando menos do que precisamos. No Rio, por exemplo, estão oferecendo salários de até R$ 15 mil para engenheiros qualificados para trabalhar nas obras da Copa. Mas existe grande procura pelas engenharias, em especial as ligadas à administração, à gestão, como as Engenharias de Produção, que têm mais esse viés”, explica Caetano.

“O Brasil sofre com falta de profissionais da área de exatas. Aqui em São Carlos nós percebemos que às vezes demora um pouco mais o processo seletivo, às vezes o número de candidatos é menor”, afirma Terezinha de Faria Correa, gerente administrativa e financeira da Prominas. “Precisamos de engenheiro mecânico, de materiais, de produção. Por termos a USP e a UFSCar o processo é facilitado, e nós buscamos profissionais nesses locais”, diz.

“A Latina trabalha com estagiários, e nessa parte a existência das universidades ajuda bastante”, explica Eliane de Oliveira, coordenadora do Recursos Humanos da empresa.

Explicação       

“Física e Matemática são vilões no Ensino Médio, este é um fator para baixa procura dos cursos de exatas”, diz Caetano. Na tentativa de amenizar esse quadro, a Universidade criou o Circo da Ciência, que este ano teve a 7ª edição:“A ideia é montar tendas e mostrar a Universidade, apresentar de forma lúdica a matemática, a física, a química, a biologia para alunos do ensino médio”, explica Caetano.

Além das dificuldades na formação básica, um outro fator que explicaria a pouca procura por alguns cursos de exatas seriam os baixos salários de algumas das profissões: “Os baixos salários dos professores também são pouco atrativos para quem vai fazer matemática ou física. Para se ter uma ideia, ano passado não conseguimos completar as vagas oferecidas no SISU (Sistema de Seleção Unificação)  no curso de Matemática, e abrimos vagas posteriores para pessoas que já tinha formação superior”, afirma o diretor do CCET.

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