Professores na rede estadual

Diminui número de professores em escolas estaduais da região e São Carlos é a cidade mais afetada

O número de professores da rede estadual vem diminuindo em toda a região. São Carlos é a cidade que registrou a maior queda, com 23% de redução, se comparado ao número de professores na ativa em 2022.

Uma das maiores consequências disso é a superlotação de alunos nas salas de aula das escolas.

Muitos estudantes alegam que professores faltam sem dar uma justificativa sequer, o que prejudica muito o aprendizado e a programação escolar. Várias vezes, como não comunicam as ausências com antecedência, não há tempo hábil para procurar um professor substituto.

Números obtidos pelo Censo Escolar do INEP (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), comprovam esse fato.

De acordo com o órgão, São Carlos teve queda de 23,10% na quantidade de professores da rede estadual do ensino. Essa pesquisa foi feita entre os anos de 2022 e 2024.

Dados mostram que para a segunda etapa do ensino fundamental, houve queda de 168 professores. Para o ensino médio, o número teve redução de 183 vagas e para a primeira etapa do ensino fundamental, a queda foi ainda maior: 194 professores a menos.

Na região, Araraquara teve redução de 16,7% na número de professores da rede estadual no mesmo período. Já em Rio Claro, a redução foi de 15%.

Alguns professores alegam muitas vezes a sobrecarga de trabalho, a falta de estrutura para desenvolve-lo, a desvalorização profissional, a falta de concursos públicos, a superlotação nas salas de aulas e até mesmo a insegurança por causa da violência. Muitos chegam até mesmo a abrir mão de um cargo concursado e migram para redes particulares.

Ronaldo Mota, diretor estadual da Apeoesp, informou que mais da metade dos professores que atuam nas salas de aula atualmente, não são concursados e que nas escolas existem salas comportando 47 ou 48 alunos, sendo que pela Organização Mundial de Saúde, a quantidade ideal indicada é de 25 estudantes por sala.

Para ele, o cenário da educação não é positivo e para que isso mude, é preciso engajamento de toda a comunidade, que deve exigir do governo uma melhoria na educação, passando por valorização dos profissionais, melhores condições de trabalho, que envolvem as boas condições da sala de aula e redução no número de estudantes por turma.

 

 

 

 

 

 

 

 

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