Disfunções miccionais afetam milhões de brasileiros
Urologista Thiago Tagliari alerta que, embora comuns, problemas urinários como incontinência podem ser tratados
As disfunções miccionais, que envolvem dificuldades no ato de urinar, afetam milhões de brasileiros e estão entre os problemas urológicos mais comuns. Essas condições podem variar de incontinência urinária, que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, a dificuldade para iniciar ou manter o fluxo de urina, afetando principalmente idosos e mulheres após a menopausa.
Segundo o urologista Thiago Tagliari, muitos pacientes demoram a procurar ajuda por vergonha ou falta de informação. “A maioria das disfunções miccionais pode ser tratada ou controlada, mas muitas pessoas não buscam atendimento por acreditarem que é uma parte normal do envelhecimento. Isso prejudica a qualidade de vida e, em alguns casos, pode levar a complicações mais graves”, alerta Tagliari.
As disfunções mais comuns incluem a incontinência urinária, que pode ser de esforço, urgência ou mista, e a bexiga hiperativa, que causa vontade frequente e urgente de urinar. Além disso, homens com aumento da próstata muitas vezes enfrentam dificuldades para esvaziar completamente a bexiga.
O tratamento varia de acordo com a causa e pode incluir desde mudanças no estilo de vida, como exercícios pélvicos, até o uso de medicamentos ou, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas. “É importante procurar um especialista logo nos primeiros sinais de dificuldade urinária. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz”, recomenda o urologista.
Dados recentes mostram que as disfunções miccionais afetam não só a saúde física, mas também o bem-estar emocional dos pacientes. Mulheres são as mais impactadas, representando mais de 70% dos casos de incontinência. “Essas condições podem ser muito debilitantes e afetar a autoestima e o convívio social. O apoio médico adequado pode trazer alívio e devolver a qualidade de vida”, conclui Thiago Tagliari.