Em São Carlos, inadimplência cai 60,2%
O índice de inadimplência no mês de fevereiroem São Carlosapresentou queda de 60,2% se comparado ao mês de janeiro. Em relação ao mesmo período no ano passado, o total de pessoas que foram incluídas nos sistemas de proteção de crédito caiu de 2.069 para 965 neste ano, o que representa queda de 53,3%.
Dados da Acisc (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) indicam, no entanto, que o número de exclusões de nomes no SCPC (Serviço Central de Proteção de Crédito), ou seja, pessoas que conseguiram limpar o nome e obter crédito no mercado, também caiu. Em janeiro, 2.557 pessoas foram excluídas do sistema, enquanto em fevereiro, o número foi de 2.104 consumidores, o que equivale a uma queda de 17,7%.
De acordo com o presidente da Acisc (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), Alfredo Maffei Neto, ao analisar os dados referentes ao mês de fevereiro é possível constatar que a inadimplência teve uma diminuição considerável. “As inclusões ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) diminuíram se compararmos com o mês passado e com fevereiro de 2010, ou seja, menos pessoas tiveram seus nomes registrados como inadimplentes. Isso mostra que o consumidor sãocarlense está mais consciente e ponderado ao fazer compras”, opina.
Neto também afirma que, por outro lado, os dados revelam um ponto negativo: a diminuição das exclusões ao SCPC, isto é, houve uma queda no número de pessoas que conseguiram quitar suas dívidas. “Esse fenômeno deve ser atenuado a partir deste mês, quando já vão sendo quitadas as contas habituais do início de ano, como IPVA, IPTU e material escolar”, completa o presidente da Acisc.
Segundo o economista e professor Jônatas Rodrigues da Silva, um dos principais motivos deste cenário são as compras por impulso de forma parcelada. “Com as contas de todo início de ano,falta dinheiro para quitar tantas dívidas. Além disso, a falta de planejamento, de controle de receitas e gastos também influenciam. As pessoas sabem quanto ganham no mês, mas não tem noção de quanto gastam”, explica.
Portanto, segundo ele, para que o consumidor não se endivide e tampouco deixe de quitar as contas atrasadas a recomendação é se tenha uma planilha para controle dos gastos. “As pessoas devem viver uma vida mais frugal. Buscar comprar parcelado somente os produtos indispensáveis. Tudo o que for supérfluo e luxo só comprar à vista. Além disso, seria interessante criar o hábito de economizar e investir 10% da renda recebida e ainda ter uma reserva para emergências”, finaliza.