Espaço da Escola Jesuíno de Arruda
“Vá embora, antes que eles te peguem também”
As palavras escritas com sangue diziam, algumas borradas, outras com símbolos estranhos. Não ligo, continuo explorando o hospital abandonado, vou até uma das salas, encontrando papeladas e, ao contrário dos outros cômodos, estavam limpos, como se alguém ainda o usasse.
“Olá?” Escuto uma voz feminina, sinto um calafrio a percorrer na minha espinha. Por que alguém falaria “olá” em um lugar abandonado?
A porta se abre e eu vejo uma garota com cabelos roxos, ela sorri, aparentemente assustada. “O que você faz aqui, garota tola?”.
Agora, a sua voz estava meio assustada. “Eu deixei os avisos para você” Ela continua falando, se aproximando mas, engulo em seco.
“Não olhe para a porta”. A garota fala me olhando, porém, os meus olhos são automaticamente atraídos até a porta.
Um homem, que mais parecia uma sombra, estava olhando para mim, já outro homem se aproximava com uma seringa e a garota, de cabelos roxos, tinha sumido.
(Trixy – 3ª série A)
A escola é nossa
Na sala eu fico a pensar,
Com o caderno a me esperar,
Professora fala sem parar,
E eu só quero descansar.
A escola é nossa, é diversão,
Entre provas e uma canção.
Estudar pode ser legal,
Se tiver um lanche especial!
O intervalo vem para alegrar,
Todo mundo sai para brincar.
Mas na hora da matemática,
Já começa a minha dramática!
(Refrão)
Ah, escola, você é tão legal!
Com amigos sempre a me apoiar!
Entre risadas e um pouco de dor,
A gente aprende com amor!
O recreio é um momento de paz,
Jogos e risadas, tudo que se faz.
Mas quando o sino toca de novo,
Volto pra aula e já fico com medo!
(Refrão)
Ah, escola, você é tão legal!
Com amigos sempre a me apoiar!
Entre risadas e um pouco de dor,
A gente aprende com amor!
Na biblioteca eu vou pesquisar,
Sobre tudo que posso encontrar.
Com os livros abertos na mesa,
A aventura nunca tem tristeza, hahaha!
(Paródia escrita por Thainá da Silva, aluna do 9º ano D)
Comparações
Os poemas são como morcegos,
Chegam do além,
Chegam em silêncio,
Chegam para nos fazer vê-los,
Para nos fazer observar em volta de nós,
Tome cuidado com eles,
Não se pode ser sensível perto deles pois você pode se machucar com esse morcegos
(Kathy – 3ª série A)
Invisível
Eu estou aqui? Você está me vendo mesmo, ou falar com fantasmas é só mais um desses vários jogos sociais de educação?
Se você estiver realmente me vendo, por favor me prove. Me diga qual a cor do chapéu que eu estou usando.
(Obs: tente não confundir com o chapéu que vestir da última vez em que estive vivo.)
E… Se você não estiver conseguindo me ver, eu vou tentar balançar um candelabro, quebrar alguns copos, até acender umas velas do nada, sabe?
Fazer essas coisas de fantasma para que você queira me exorcizar daqui logo. E se mesmo com tudo isso, você ainda não me ver, ou não quiser me exorcizar, vou te lembrar que nunca pedi para ficar preso nessa mansão, principalmente quando NINGUÉM CONSEGUE ME VER!
Então… Já que estou preso e sem ser visto, adoraria que você me tirasse logo daqui.
As vezes eu penso como seria minha (não) vida se eu tivesse ficado preso em outros lugares, principalmente lugares mais legais.
Imagina que sonho seria assombrar uma boate, eu poderia ver todas essas pessoas certamente mais livres que eu interagindo, e nenhum dia teria a mesma sensação.
Diferentemente de assombrar esse lugar velho, onde minha maior diversão é assistir os vizinhos discutindo porque o cachorro de um defecou no jardim do outro.
Até assombrar uma biblioteca seria mais interessante, eu teria como acompanhar todos aqueles livros, e ver cada pessoa reagindo a eles, seria divertido.
Assombrar um cemitério também seria instigante, olha, não me leve a mal, eu não estaria ali pelo clássico motivo dos espíritos de colocar medo nos vivos, mas sim, para poder pelo menos dividir esse pós vida com outros mortos que também não são enxergados…
Ai-ai… Enfim, por favor, me exorcize logo daqui. Eu não quero “viver” só de imaginar, vai começar a ficar repetitivo, igual a ficar nessa mansão, então, por favor, me tira daqui!.
(Alkzz – 3ª série A)
O Capitão
Havia uma lenda que dizia que um navio pirata ainda assombrava os mares, todos os marinheiros afirmam ver um navio com uma bandeira de pirata e todos os marujos cantavam uma única canção sem parar, todos ouviam a canção profunda que dava arrepios.
Porém, nenhum capitão teve a coragem de ir em direção à canção, os capitães davam a volta com o navio e evitavam ao máximo não cruzar o caminho com o navio assombrado, a lenda dizia que quem entrar no caminho do pirata, o capitão do navio assombrado iria pular para o seu navio e roubar a sua tribulação.
“Não passa de lendas” O capitão afirmou “Vamos em direção à canção”.
O navio então dá meia volta e vai em direção à canção dolorosa. O capitão pode ver o navio mal-assombrado vazio, nenhuma vela estava acesa.
” Eu disse que não passava de lenda” O capitão afirma confiante, ele pula para o navio assombrado e vê um único marujo, ele era esqueleto com uma bermuda rasgada.
“Intruso a bordo!” O marujo grita e sai correndo.
O capitão sentiu uma chicotada nas suas costas, quando ele olhou para trás, viu um capitão com uma aparência assustadora, ele era metade esqueleto e metade carne.
“O que faz no meu precioso navio, pequeno intruso?”
(Trixy – 3ª série A)
𝓤𝓶𝓪 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸𝓻𝓪…
𝐀𝐡𝐡 𝐬𝐞 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐨𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐬𝐬𝐞𝐦 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐫
𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐬𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐠𝐞𝐬𝐭𝐢𝐜𝐮𝐥𝐚𝐫…
𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐨, 𝐚𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐯𝐨𝐜ê
É 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐢𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨
𝐄𝐮 𝐯𝐞𝐣𝐨 𝐩𝐮𝐫𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐞 𝐧ã𝐨 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐞𝐫
𝐀𝐥𝐠𝐮é𝐦 𝐯𝐢𝐮 𝐩𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐞𝐥𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮?
𝐄𝐥𝐞 𝐬𝐢𝐦 𝐦𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐮…
E 𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨𝐬 𝐦𝐢𝐧𝐮𝐭𝐨𝐬 𝐯ô𝐨
𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐜𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐡𝐞𝐮?
𝐀 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐨𝐮 𝐞𝐮?
𝐄𝐬𝐪𝐮𝐞𝐫𝐝𝐚?𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐩𝐚𝐫𝐞𝐜𝐞𝐮?
𝐒𝐞 𝐞𝐥𝐞 𝐯𝐨𝐚𝐫? 𝐄 𝐞𝐮 𝐧ã𝐨 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫?
é 𝐩𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐚𝐫?
𝐄 𝐬𝐞 𝐟𝐨𝐫? 𝐒𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬
𝐄 𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐧ã𝐨 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐚𝐭é 𝐡𝐨𝐣𝐞 𝐞𝐬𝐭ã𝐨 𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬
𝐒𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐩𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐧𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞…
𝐌𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐚𝐧𝐞𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐀𝐪𝐮𝐢 𝐧ã𝐨 é 𝐦𝐞𝐮 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫
𝐐𝐮𝐞 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫 é 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐧ã𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐚𝐫?
𝐒𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐚 𝐬𝐚𝐜𝐚𝐝𝐚
𝐄𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐝𝐚
𝐄𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐚𝐬𝐨 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐬𝐨
𝐄𝐮 𝐭𝐞 𝐯𝐢
𝐁𝐞𝐦 𝐚𝐥𝐢… 𝐍𝐨 𝐟𝐢𝐦 𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨
𝐋á 𝐯𝐞𝐦 𝐞𝐥𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 ú𝐧𝐢𝐜𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨…
𝐄𝐥𝐞 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚 𝐜𝐚𝐥𝐦𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐝𝐢𝐳:
𝐎𝐢 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐧𝐣𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞𝐮 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐚𝐪𝐮𝐢…
𝐌𝐞 𝐚𝐠𝐮𝐚𝐝𝐞 𝐧𝐚 𝐩𝐫ó𝐱𝐢𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐦𝐚𝐧𝐚 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦
𝐄𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐢 𝐧𝐚 𝐬𝐚𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐧ã𝐨 𝐬𝐞 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐬𝐞 𝐦𝐞𝐮 𝐛𝐞𝐦
𝐄𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐢 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐥á
𝐀𝐭é 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦 𝐝𝐢𝐚 𝐧ã𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐣á 𝐥á
𝐄 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐮𝐞 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐡𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐫 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦…
𝐀𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐯𝐚𝐢 𝐦𝐞𝐮 𝐛𝐞𝐦?…
𝐃𝐞𝐢𝐱𝐞 𝐞𝐮 𝐢𝐫 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦…
(𝓟𝓸𝓻 𝓮𝓿𝔂 3° série A)