Espaço da Escola Jesuíno de Arruda
Risos entram na minha mente,
Eles são maldosos ou inocentes?
A minha garganta se fecha pela ansiedade,
Do que será que eles estão rindo?
E as risadas aumentam cada vez mais,
Meus olhos lacrimejam mais,
Eu não deveria ligar,
Eu não deveria me importar,
Porém, os risos ficam marcados na minha mente.
(Trixy – 3ª série A)
Malditos beijos doces,
Malditas palavras doces,
Que sabem o que dizer para agradar,
Malditos abraços que fazem eu me sentir segura,
Malditos olhos, que faz mil juras de amor em silêncio,
Maldito sorriso, que é fofo e doce,
Malditas mãos…
Enfim, maldito seja você
(Trixy – 3ª série A)
Ver e não enxergar
Eu te via, e conseguia saber exatamente o que você queria, é surpreendentemente fácil reconhecer segundas intenções no seu rosto.
Você também sabia o que eu queria, mas antes de chegarmos a falar abertamente sobre o que queríamos mutuamente, nós tínhamos que dançar um pouco, fazer alguns passos para ver se eles se encaixavam. Testar se nosso ritmo poderia sincronizar, e ver em qual gênero musical cada um de nós estava vivendo.
E nossa, nós éramos PÉSSIMOS nisso, muito ruins MESMO. Você começava a dançar, eu tentava te acompanhar, mas logo caia para trás, eu te puxava para um giro, e a labirintite atacava.
O ritmo também era um horror, eu me movia calmamente como em um jazz, enquanto você dançava animadamente numa discoteca.
Então já que a dança não funcionou tentamos outra coisa, algo em que a sintonia fosse a chave, tentamos cozinhar (péssimo erro). Começamos logo com dificuldade em colocar a panela no fogão juntos, e daí, só piorou. No final, terminamos com um prato de macarrão cru, um bife queimado e uma pilha de louça suja, o suficiente para precisar de ajuda de alguém com mais sincronia para conseguir lavar.
Depois desse terrível fracasso culinário tentamos uma última coisa: um simples cumprimento casual.
Você estendeu o braço para me puxar para um abraço, mas eu me confundi e concluí que era um aperto de mão.
Bom… Com isso percebemos que não iríamos ter nossos ritmos unidos, e não iríamos nos sintonizar.
Mas, até que foi bom, ou pelo menos poderia ser pior. Nenhum de nós precisou falar o que queria, apenas entendemos que não havia sintonia e fingimos que não sabíamos de nada.
Às vezes eu penso em como seria se eu fizesse o passo certo na dança, ou se prestasse atenção no bife durante o cozimento, ou até mesmo como seria se mesmo que completamente descoordenados e sem sintonia ainda tentássemos falar o que nós queríamos.
(Alekzzz – 3ª série A)
Fortes Emoções
A adrenalina pode ser algo bom e não apenas nas horas de desespero.
O medo pode ativar a adrenalina, uma sensação boa, faz o coração bater mais rápido, seus sentidos ficam aguçados, sua atenção aumenta.
Em uma moto pode causar medo, a alta velocidade, o barulho e o vento, essa sensação é maravilhosa, a velocidade é um desabafo sem palavras, sem choro, sem lágrimas de dor.
É algo maravilhoso para quem ama pistas vazias para desabafar ou até mesmo sua história ser finalizada com algo que te traga felicidade, emoção e adrenalina.
(Kathy – 3ª série A)
Horizonte
No horizonte, o fim da tarde,
O céu pintado em cores suaves.
O mar murmura, em tom sereno,
Segredos que se perdem pelo vento.
As gaivotas cortam o ar,
Levando sonhos para o mar.
Enquanto o sol se despede,
A noite vem, em paz, e sede.
No silêncio da escuridão,
Há poesia na imensidão,
Das estrelas que, brilhantes,
Guardam histórias distantes.
E assim, no ciclo que nunca cessa,
A vida encontra sua promessa:
De que, a cada novo amanhecer,
Há sempre algo a renascer.
(Brayan – 1ª série A)
Infância antropofágica
Não se vá menino banguela, é domingo e ainda dá para ver o sol
Não se vá hoje que amanhã terá futebol e eles querem que eu vá
Ainda sou criança e nasci para chorar,
Poxa! todos estão brincando, por que não me chamaram?
Ah aquela canção que soava a infância
A vida passa e isso fica
A vida passa e isso fica
Se é cantando essas canções para quem quer me escutar
A vida passa, porém, tenho que ficar
Ainda há tempo para cantar, apenas tenho que escutar
Chove chuva chovendo… Que na cidade de meu bem, o campo está todo se lavando
Ainda há tempo para jogar, mas tenho que estar lá para participar
Senhor… Que eu não fique nunca igual a esse velho sentando na varanda, que dorme em uma cadeira à espera de seus velhos amigos que não vêm…
-Menino banguela a vida vai sorrir para você, mas você tem que estar para ver.
(Paródia escrita por Nicolas Davi Morais, aluno do 9º ano D)