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Espaço da Escola Jesuíno de Arruda

30/10/2024 21h40 - Atualizado há 47 minutos Publicado por: Redação
Espaço da Escola Jesuíno de Arruda

Risos entram na minha mente,

Eles são maldosos ou inocentes?

A minha garganta se fecha pela ansiedade,

Do que será que eles estão rindo?

E as risadas aumentam cada vez mais,

Meus olhos lacrimejam mais,

Eu não deveria ligar,

Eu não deveria me importar,

Porém, os risos ficam marcados na minha mente.

(Trixy – 3ª série A)

 

 

Malditos beijos doces,

Malditas palavras doces,

Que sabem o que dizer para agradar,

Malditos abraços que fazem eu me sentir segura,

Malditos olhos, que faz mil juras de amor em silêncio,

Maldito sorriso, que é fofo e doce,

Malditas mãos…

Enfim, maldito seja você

(Trixy – 3ª série A)

 

 

Ver e não enxergar

Eu te via, e conseguia saber exatamente o que você queria, é surpreendentemente fácil reconhecer segundas intenções no seu rosto.

Você também sabia o que eu queria, mas antes de chegarmos a falar abertamente sobre o que queríamos mutuamente, nós tínhamos que dançar um pouco, fazer alguns passos para ver se eles se encaixavam. Testar se nosso ritmo poderia sincronizar, e ver em qual gênero musical cada um de nós estava vivendo.

E nossa, nós éramos PÉSSIMOS nisso, muito ruins MESMO. Você começava a dançar, eu tentava te acompanhar, mas logo caia para trás, eu te puxava para um giro, e a labirintite atacava.

O ritmo também era um horror, eu me movia calmamente como em um jazz, enquanto você dançava animadamente numa discoteca.

Então já que a dança não funcionou tentamos outra coisa, algo em que a sintonia fosse a chave, tentamos cozinhar (péssimo erro). Começamos logo com dificuldade em colocar a panela no fogão juntos, e daí, só piorou. No final, terminamos com um prato de macarrão cru, um bife queimado e uma pilha de louça suja, o suficiente para precisar de ajuda de alguém com mais sincronia para conseguir lavar.

Depois desse terrível fracasso culinário tentamos uma última coisa: um simples cumprimento casual.

Você estendeu o braço para me puxar para um abraço, mas eu me confundi e concluí que era um aperto de mão.

Bom… Com isso percebemos que não iríamos ter nossos ritmos unidos, e não iríamos nos sintonizar.

Mas, até que foi bom, ou pelo menos poderia ser pior. Nenhum de nós precisou falar o que queria, apenas entendemos que não havia sintonia e fingimos que não sabíamos de nada.

Às vezes eu penso em como  seria se eu fizesse o passo certo na dança, ou se prestasse atenção no bife durante o cozimento, ou até mesmo como seria se mesmo que completamente descoordenados e sem sintonia ainda tentássemos falar o que nós queríamos.

(Alekzzz – 3ª série A)

 

 

 

 

Fortes Emoções

A adrenalina pode ser algo bom e não apenas nas horas de desespero.

O medo pode ativar a adrenalina, uma sensação boa, faz o coração bater mais rápido, seus sentidos ficam aguçados, sua atenção aumenta.

Em uma moto pode causar medo, a alta velocidade, o barulho e o vento, essa sensação é maravilhosa, a velocidade é um desabafo sem palavras, sem choro, sem lágrimas de dor.

É algo maravilhoso para quem ama pistas vazias para desabafar ou até mesmo sua história ser finalizada com algo que te traga felicidade, emoção e adrenalina.

(Kathy – 3ª série A)

 

 

Horizonte

No horizonte, o fim da tarde,

O céu pintado em cores suaves.

O mar murmura, em tom sereno,

Segredos que se perdem pelo vento.

 

As gaivotas cortam o ar,

Levando sonhos para o mar.

Enquanto o sol se despede,

A noite vem, em paz, e sede.

 

No silêncio da escuridão,

Há poesia na imensidão,

Das estrelas que, brilhantes,

Guardam histórias distantes.

 

E assim, no ciclo que nunca cessa,

A vida encontra sua promessa:

De que, a cada novo amanhecer,

Há sempre algo a renascer.

(Brayan – 1ª série A)

 

 

Infância antropofágica

Não se vá menino banguela, é domingo e ainda dá para ver o sol

Não se vá hoje que amanhã terá futebol e eles querem que eu vá

Ainda sou criança e nasci para chorar,

Poxa! todos estão brincando, por que não me chamaram?

Ah aquela canção que soava a infância

A vida passa e isso fica

A vida passa e isso fica

Se é cantando essas canções para quem quer me escutar

A vida passa, porém, tenho que ficar

Ainda há tempo para cantar, apenas tenho que escutar

Chove chuva chovendo… Que na cidade de meu bem, o campo está todo se lavando

Ainda há tempo para jogar, mas tenho que estar lá para participar

Senhor… Que eu não fique nunca igual a esse velho sentando na varanda, que dorme em uma cadeira à espera de seus velhos amigos que não vêm…

-Menino banguela a vida vai sorrir para você, mas você tem que estar para ver.

(Paródia escrita por Nicolas Davi Morais, aluno do 9º ano D)

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