Estudantes são prejudicados com greve da UFSCar
Desde o dia 11 de junho que os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) entraram em greve pedindo reajuste salarial. Desde então muitas as atividades ficaram comprometidas pela falta de funcionários.
Com isso, os maiores prejudicados acabam sendo os estudantes que ficam sem atendimento e outros serviços da universidade. Segundo Maurício Caporaso, assessor de impressa do Sintufscar, o Restaurante Universitário (RU), a Biblioteca Comunitária (BCo) e os motoristas estão integralmente parados. Alguns técnicos de laboratórios e administrativos estão trabalhando parcialmente em alguns setores do campus.
Hoje a greve tem adesão de 80% dos funcionários, sobrando apenas 20% para atender toda demanda da universidade. Além disso, Caporaso admite que muitos desses servidores restantes trabalham em dias alternados. Também, segundo o assessor, as negociações com o governo não avançaram nenhum estágio e não há previsão de término para greve.
A estudante Marcela Bassoli, 20, do curso de Biblioteconomia, está com problema para devolver alguns livros que emprestou da biblioteca. Já de férias, ela quer voltar para cidade de origem, mas teme que a greve termine e ela seja punida pelo atraso na devolução dos volumes. “Vou deixar os livros com alguns amigos que ficarão na cidade, caso a greve termine, eles entregarão em meu nome”, diz Bassoli.
Outras estudantes relataram que a falta de acesso à biblioteca as obriga a recorrerem a cópia de xerox dos livros recomendados para as provas finais. O custo por semana chega a R$ 30 dependendo da quantidade de páginas.
Outro problema também que preocupa os universitários é a autenticação de alguns documentos para renovação de bolsas de estudos e comprovação de matrícula para benefícios de transportes rodoviários. Até a questão da matrícula do próximo semestre já é comentada entre os alunos com preocupação se a greve continuar.
A paralisação do restaurante universitário atrapalha a rotina dos estudantes que passam o dia inteiro na universidade e agora precisam se deslocar para suas casas ou restaurantes para fazerem suas refeições. Para aqueles que o horário é mais curto, a solução encontrada foi levar algum mantimento na mochila.
De acordo com Caporaso, os alimentos armazenados no restaurante foram embalados como cestas básicas e entregues aos alunos bolsistas ou que moram nos alojamentos estudantis.
Alguns técnicos de laboratório também aderiram à greve e o que já era pouco, ficou insuficiente para a demanda. Com isso, aulas práticas e pesquisas ficaram também comprometidas.
Corre à boca miúda que o sindicato está pegando servidor pelo laço para assinar procuração para processar aquele estudante que criticou os funcionários na Folha. Quanta movimentação por pouca coisa afffff!