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Evento da UFSCar discute perspectivas e desafios da Amazônia

16/12/2014 23h12 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Evento da UFSCar discute perspectivas e desafios da Amazônia

Teve início na última sexta, 12, o ciclo de palestras “Amazônia, Patrimônio do Brasil: perspectivas e desafios”, organizado pelo curso de Engenharia Física e pela coordenação do curso de Bacharelado em Engenharia Física. A Palestra Magna da cerimônia de abertura foi feita pelo general de Exército, Eduardo Dias da Costa Villas Boas, ex-comandante militar da Amazônia (CMA) e atual comandante do Comando de Operações Terrestres (COTER), em Brasília. A coordenação geral do evento é do professor Fernando M. Araújo-Moreira. 

“Falar da Amazônia é falar da metade do território brasileiro, e de uma área que se constitui um passivo histórico, pois ainda não está totalmente ocupada e integrada à dinâmica do desenvolvimento nacional”, explicou o general, em entrevista ao Primeira Página.  

Ele salienta que a Amazônia ainda tem um papel muito grande a cumprir no Brasil: “Isso, decorrente da sua imensa riqueza natural, decorrente do papel que ela tem a cumprir na integração sul-americana, e porque ela abriga respostas a alguns dos principais e mais urgente problemas da humanidade”.

Como exemplo desses problemas, o comandante cita a produção de alimentos, de energia renovável, a questão da biodiversidade, a questão da mudança climática e a questão da água: “A Amazônia tem que fazer parte de um projeto de Brasil”, defende o general. 

Para ele, um dos principais problemas é a falta de conhecimento que se tem sobre a região: “Daí a importância de um evento como esse. Eu quero cumprimentar a UFSCar, o professor Fernando, e agradecer a enorme honra e responsabilidade que me dão ao vir debater o tema”. 

Até maio de 2014, o general Villas Boas foi comandante militar da Amazônia. Questionado sobre os desafios que a região oferece, ele explica: “Quanto ao nosso dia a dia na Amazônia, quanto às nossas atividades, o grande desafio vem do fato de que as Forças Armadas na região, com muita frequência e em muitos lugares, são a única presença do Estado brasileiro, ou seja, são a única possibilidade de atendimento e necessidades básicas de uma parte importante da população. Então é um desafio completamente diferente do que temos em outras partes do Brasil”. 

O general explica que essa situação se chama “estratégia da presença”, que tem três vertentes: vida, trabalho e combate. “Vida, é o que fazemos para o nosso bem-estar, as nossas atividades, as nossas instalações; trabalho, é tudo o que fazemos para a população; e combate é a atividade militar propriamente dita, que inclui patrulhamento de fronteiras, reconhecimento, auxílio a órgãos governamentais, e combate ao narcotráfico, que é muito intenso”. 

 

COTER

Atualmente, o general está no Comando de Operações Terrestres (COTER): “Fazendo uma analogia, se o Exército fosse um clube, o Comando de Operações Terrestres seria o Departamento de Futebol, quem cuida do time que realmente joga. É uma parte mais estratégica e ampla”.

O Artigo 1° do Regulamento do COTER explicita que sua função é “Orientar e coordenar o preparo e o emprego da Força Terrestre, em conformidade com as políticas e diretrizes estratégicas do Exército”.  

 

 

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