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Greve atormenta população

Fila de reconhecimento inicial de benefícios cresceu 11%, segundo o instituto. Paralisação já dura quase dois meses; grevistas desobedecem J

01/09/2024 00h15 - Atualizado há 2 semanas Publicado por: Redação
Greve atormenta população Foto: Antes do início da greve, mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardavam para começar a receber benefícios. Hoje, a fila passa de 1,5 milhão de pessoas — uma alta de 11% Foto: Marco Rogério

Marco Rogerio

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve há quase dois meses. O movimento vem prejudicando e atormentando a vida dos que precisam dos serviços da Previdência Social. No dia 21 de agosto os servidores votaram pela rejeição de duas propostas apresentadas pelo governo federal e pela continuidade da paralisação da categoria.

Em nota, a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) afirmou que as propostas do Ministério da Gestão e Inovação não atendem a nenhum item da pauta sobre a reestruturação de carreira reivindicada pela categoria.

“A questão central da greve, que é a reorganização da carreira do seguro social em decorrência da reforma administrativa proposta pelo governo, não está sendo sequer debatida na mesa de negociação em curso”, diz a nota da Fenasps.

As propostas apresentadas pelo governo federal em 9 de agosto eram de reajuste salarial e incorporação de gratificações laborais. A federação aponta, no entanto, que o reajuste oferecido é menor do que o acordado na greve de 2022 (de 43% em dois anos) e que não chegaria a todos os servidores.

TORMENTO PARA O POVO – O PRIMEIRA PÁGINA recebeu, nos últimos 15 dias muitas reclamações as pessoas que precisam dos serviços do INSS. Como os grevistas estão desobedecendo uma ordem judicial. No dia 25 de julho, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou uma ação do INSS e determinou que, durante a greve, 85% da força de trabalho esteja atendendo aos segurados e beneficiários, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

Mesmo assim, a sede do INSS de São Carlos permanece fechada e não há ninguém para explicar nada para o povo. No local existem somente alguns cartazes recomendando aos usuários o uso de sites, plataformas digitais e aplicativos. Sem ter conhecimento da situação muita gente, entre eles idosos e até deficientes físicos, vai a agência local e fica revoltada com a falta de consideração.

DIA 10 DE  JULHO – A greve de servidores do INSS teve início no dia 10 de julho. Participam os servidores que atuam em agências do instituto e aqueles que fazem análise de benefícios, ou seja, os servidores que avaliam e concedem aposentadorias, pensões e auxílios — muitos dos quais trabalham de maneira remota.

As reivindicações são relacionadas a um acordo de greve de 2022 que, segundo o sindicato da categoria, não está sendo cumprido.

Entre as pautas, está a reestruturação de carreira. Por exemplo, a exigência de ensino superior para ingressar no cargo de técnico do seguro social e atribuições exclusivas para os servidores que compõem a Carreira do Seguro Social.

Segundo o INSS, mais de 100 mil pessoas já deixaram de ser atendidas nas 1.572 agências do instituto durante a greve. Além disso, cerca de 4 mil perícias médicas precisaram ser reagendadas.

A fila de pessoas aguardando reconhecimento inicial de benefícios também cresceu, de acordo com o INSS. Antes do início da greve, mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardavam para começar a receber benefícios. Hoje, a fila passa de 1,5 milhão de pessoas — uma alta de 11%.

 

 

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