Greve de Bancos e Correios altera cotidiano da população
Dez dias após iniciada a greve dos bancos, o são-carlense já sofre com a carência desses serviços na cidade. Com a excessiva procura das atividades bancárias por parte dos trabalhadores nesse inicio de mês, paralisação dos bancos já reflete em transtornos para a população.
É o caso de Márcio Jorge Pinho Derrigi, que utiliza os serviços bancários para vários fins e, desde que começou a greve, teve vários problemas. “No caso de depósito não atrapalhou tanto por poder ser feito em caixa eletrônico, mas em compensação, o fato de não ter mais os serviços de descontos de cheques e retiradas no caixa atrapalhou e muito o dia-a-dia”. Ele também dá dicas para se livrar desses problemas, pelo menos no pagamento das contas. “O jeito é fazer pela internet”, comenta.
Já para Cléa Cristina Pereira, que não está muito habituada a usar o computador, a greve mudou sua rotina. “Muda totalmente, pois tarefas rápidas agora demoram muito tempo”, e ironiza: “A coisa está feia”.
Para Vladimir Rogério Peixoto, a greve dos bancos é ainda mais agravada por vir acompanhada da greve dos correios. “O fato das greves virem juntas com certeza traz mais transtorno, pois as contas que vem pelo correio não chegam, e o pagamento o banco não recebe, fica difícil”. Além disso, Peixoto observa também sobre o tempo perdido e a falta de comodidade.
Com 60% dos bancos parados completamente, Júlio César Nery, do Sindicato dos Bancários de São Carlos, relata sobre a continuação da greve. “Nas agências da Caixa Econômica, Banco do Brasil e Santander os serviços estão parados. Já os bancos particulares, Bradesco e Itaú, continuam funcionando normalmente”.
CORREIOS – A greve dos correios também continua, de acordo com Valdir Florentino, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas (SINTECT), desde que começou, a greve englobou 70% dos carteiros de todo o Estado, e ainda não foi fechado acordo para determinar a volta aos serviços.
Porém, de acordo com nota emitida pelos Correios, a adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. Isso significa que 80% do efetivo dos Correios segue trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de 2/3 da carga diária.
a direção dos Correios informou que mantém as portas abertas para o diálogo e segue defendendo que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível.{jcomments on}