Gripe A faz 11 vítimas no estado de São Paulo
Em apenas seis meses, o estado de São Paulo já registrou 11 mortes e 53 casos provocadas pelo vírus A (H1N1). Dados da Vigilância Epidemiológica da cidade mostram que até agora não houve registro da doença na cidade.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Edel Zoia, nos últimos doze meses, nenhum caso foi confirmado no município, mesmo tendo suspeitos da doença. “Todos os exames vieram negativos”, disse.
Todavia, para o médico infectologista Paulo Motta, que atua na rede pública de saúde, o vírus está presente no estado. “Acredito que será inevitável encontrarmos casos no decorrer do período mais frio do ano, quando a proliferação da doença é maior”, disse ao ressalvar que o diagnóstico é difícil de obter e que o Ministério da Saúde já vem atuando no processo preventivo.
Os casos registrados neste ano no Estado estão longe dos números da pandemia de 2009, quando 578 pessoas morreram após contrair a gripe. Em 2011, foram 26 casos e quatro óbitos no estado. Para “blindar” a cidade, Edel Zoia explicou que existe um sistema de vigilância implantado para que pessoas que são internadas com quadro sugestivo de Influenza A (H1N1) tenham iniciado o tratamento imediato com o medicamento específico, além da coleta de amostra para confirmação laboratorial.
Dados da Vigilância Epidemiológica indicam que a campanha de vacinação contra a Influenza A H1N1 vem sendo realizada desde 2010, quando foram vacinadas 120.000 pessoas, seguido no ano de 2011 com 34.800 doses, além das aplicadas em portadores de doenças crônicas. Em 2012 foram vacinadas 27.353 pessoas, além de 7.882 em portadores de doenças crônicas até o momento na cidade. “O município dispõe de doses correspondentes às 2ª doses de crianças”, afirmou a coordenadora.
Entretanto, não existe programação por parte do Ministério da Saúde até o momento, de se fazer uma vacinação em massa, tendo em vista o número de pessoas vacinadas até então. Estamos finalizando uma campanha de vacinação da gripe para grupos prioritários (crianças menores de 2 anos, gestantes e idosos)”.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe acabou no início do mês, mas algumas cidades têm estoque de vacinas por não terem atingido a meta proposta pela Secretaria da Saúde.
Na região de São José do Rio Preto, por exemplo, 30% do total esperado de grávidas, crianças e idosos (população mais vulnerável) não foi vacinado ainda. Em Rio Preto, quatro casos foram confirmados no mês passado.
Veja as dicas de prevenção individual
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Edel Zoia, ficam válidas as orientações de sempre com relação à prevenção. As recomendações de alerta e medidas de prevenção individual (lavagem frequente das mãos, uso de lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ambiental (ambientes ventilados e limpos) devem ser mantidas e fortalecidas, além de atenção especial com crianças, gestantes, portadores de doenças crônicas (cardiopatias, diabetes e asma brônquica) e idosos.
Ao surgirem sinais e sintomas sugestivos de influenza (gripe) ou resfriado, como febre, tosse e dor de garganta, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria, uma vez que os sinais e sintomas podem ser mascarados, dificultando o diagnóstico. Dessa forma, recomenda-se que o paciente procure o serviço de saúde mais próximo para assistência médica, esclarecimento, diagnóstico e tratamento adequado.
