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Independência tecnológica é “bola da vez”

Cientista aposta que São Carlos pode ser um laboratório para o Brasil alcançar sua autonomia no desenvolvimento tecnológico

10/09/2024 00h42 - Atualizado há 4 semanas Publicado por: Redação
Independência tecnológica é “bola da vez” Foto: O professor Sylvio Goulart Rosa Júnior: “ A geopolítica está mudando e o Brasil tem grandes chances de dar um salto gigantesco” Foto: Divulgação

Marco Rogério

Duzentos e dois anos depois que o Brasil se tornou uma nação soberana, deixando de ser colônia portuguesa, a nova independência a ser buscada é a tecnológica. Somente assim, o Brasil poderá concorrer com as nações mais inovadoras do planeta, como China, EUA, Japão, Alemanha, Inglaterra, França, Canadá, Coreia do Sul e tantas outras. A tradição de produção de commodities agrícolas precisa ser trocada por uma indústria moderna que tenha na internet 5G e na Inteligência artificial, ferramentas capazes de colocar o Brasil de uma vez por todas no panteão das grandes potências. A análise é do professor Sylvio Goulart Rosa Júnior, presidente da Fundação ParqTec e cientista.

Sylvio Goulart ressalta que para esta gama de desafios, o Brasil tem, em São Carlos um modelo a ser seguido. O cientista afirma que a “Capital da Tecnologia” conseguiu formar um arcabouço de Inteligência que une duas universidades públicas, uma universidade privada (USP, UFSCar e Unicep) e duas faculdades de tecnologia (SENAI e FATEC), além de quatro escolas de ensino técnico de primeira linha (ETEC, IFSC, SENAC E SENAI). Para completar este case de sucesso de São Carlos, o professor cita a soma do conhecimento com o espírito empreendedor dos empresários são-carlenses e dos que vieram para cá para fazer história. “Assim, nasceram centenas de empresas de base tecnológica, chamadas hoje de startups”, destaca o presidente do ParqTec.

Ele também destaca que o momento é propício para o Brasil subir alguns degraus na escada que leva ao sucesso. Segundo Sylvio Goulart, a hegemonia dos Estados Unidos, que vêm desde o final da Primeira Guerra Mundial e só aumenta com o desenrolar e o desfecho do Segunda Mundial, hoje está se esvaindo. Ele avalia que outros players, como a  China e ela somada aos países dos BRICs, como Brasil, Rússia, índia China e África do Sul, hoje se colocam como concorrentes reais para a União Européia e os Estados Unidos.

Ele explica que nesta geopolítica contemporânea, o domínio da tecnologia, com núcleos de conhecimento e uma indústria de ponta são fundamentais para ampliar a riqueza de um país e de seu povo. “Neste aspecto, São Carlos pode ser um laboratório e um modelo para o Brasil seguir. Precisamos formar riqueza através do conhecimento e distribuir e multiplicar esta riqueza”, completa ele.

 

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