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Itirapina e São Carlos produzem insumos para Butantan

Ovos especiais são utilizados na fabricação de diversas vacinas para o uso humano e também veterinário

07/02/2021 12h21 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Itirapina e São Carlos produzem insumos para Butantan Fotos: Globoaves/ Globobiotech

O caminho é longo e os resultados salvam, anualmente, milhares de vidas. Nas granjas da região, dentro dos mais altos padrões de controle de qualidade, nascem as aves, as quais põem os ovos fertilizados. Depois os ovos seguem para o Incubatório de São Carlos, na Globobiotech, empresa constituída pela Globoaves, uma das maiores produtoras de ovos férteis e aves do Brasil, com domínio da tecnologia de produção de ovos embrionados, insumo fundamental para a produção de vacinas para uso humano e veterinário.

As informações foram repassadas pela área de Marketing da Globoaves/ Globobiotech, com sede administrativa em Cascavel (PR), atendendo prontamente a solicitação da reportagem.  Questionada sob a possibilidade do uso dos ovos férteis para a fabricação da vacina contra a Covid-19, a empresa foi comedida ao informar: “testes podem estar ocorrendo, porém seremos comunicados sobre isto somente se for possível e viável ao instituto”.

HISTÓRICO – O desafio de desenvolver todo o sistema para o fornecimento de ovos embrionados destinados à produção de vacinas teve início em 2007, com a parceria da Globobiotech e do Instituto Butantan, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa e produção de soros e vacinas do Brasil.

Outro passo importante da Globobiotech foi a parceria estabelecida com a conceituada empresa norte-americana Charles River para a importação de Ovos SPF – Ovos Livres de Patógenos Específicos, empregados, entre outras utilizações, no processo de desenvolvimento dos bancos cepas de vírus Influenza (gripe) do Instituto Butantan, fundamentais as adaptações necessárias para o processo produtivo da vacina.  Os ovos também são utilizados para a fabricação das vacinas contra a febre amarela e diversas vacinas veterinárias.

A PRODUÇÃO – O processo demandou conhecer outras experiências similares consagradas em países europeus, abrangendo desde a escolha da genética das matrizes à entrega regular de mais de 520 mil ovos embrionados por dia, durante o período da produção da vacina trivalente contra a gripe humana.

Só para ter uma ideia, as granjas estão implantadas em áreas isoladas, cercadas por barreiras sanitárias naturais de reflorestamento, com rigoroso controle de acesso, restrito aos colaboradores e um rígido protocolo sanitário. E as aves são alimentadas com ração de formulação exclusiva, produzida pela própria Globobiotech, composta por nutrientes de origem vegetal que garantem excelente qualidade de vida, saúde e produção das aves.

A SELEÇÃO – Modernas máquinas classificam os ovos por tamanho e peso. Somente os que atendem ao padrão de qualidade Globobiotech seguem para as bandejas, em que são submetidos a uma nova inspeção visual realizada por experientes operadores para serem liberados para a etapa de incubação.

Todo processo de incubação é realizado em equipamento de última geração, monitorado por sistemas e operadores altamente treinados, garantindo o correto crescimento do embrião até o momento de sua transferência para o Instituto Butantan. Os ovos passam também por um processo de ovoscopia, para classificar e destinar somente os embriões viáveis para a produção de vacina.

O TRANSPORTE – Os caminhões são verdadeiras incubadoras sobre rodas. Desenvolvidos com exclusividade para a Globobiotech, os veículos possuem equipamentos para o controle de temperatura, umidade e taxas de CO², além de terem sistema de suspensão especial para evitar qualquer dano aos embriões e possíveis trincas dos ovos.

Chegando ao Butantan, os veículos são deslacrados e após inspeção pelos técnicos do instituto são transferidos para a fábrica de vacinas. São essas ações que caracterizam o compromisso da Globobiotech com a tecnologia, a ciência e a inovação a serviço da saúde.

Já no Butantan

O instituto recebe amostra dos três tipos de vírus que são usados na fabricação da vacina: influenza tipo A, H1N1 e H3N2, e do tipo B. Na primeira etapa, uma máquina injeta em cada ovo o vírus da gripe ainda vivo. Em seguida, o ovo é colocado em incubação por um período de 60 a 72 horas. Nesse tempo, o vírus consegue se multiplicar quase 10 milhões de vezes.

O material extraído do ovo, depois dessas etapas, passa por um processo de segmentação e todos os vírus são mortos. De cada ovo podem sair até três doses de vacina e cada um deles recebe até um tipo de vírus influenza. Portanto, quando a pessoa toma a vacina, é como se o organismo estivesse sendo atacado com o vírus. O objetivo é fazer com que o corpo conheça o inimigo enfraquecido e que consiga enfrentar a ameaça se ela aparecer de verdade.

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