Maioria dos casos de morte súbita é provocada por arritmias cardíacas
Neste sábado (12) é comemorado o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. As doenças cardiovasculares hoje são responsáveis por 60% das mortes no mundo. No entanto, poucos são os dados seguros sobre as arritmias cardíacas e morte súbita. Dessa maneira, a campanha “Coração na Batida Certa – Seu coração pode não estar no mesmo ritmo que você”foi criada em 2007 pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) com o intuito de fazer com que a população se conscientize da necessidade fazer check-ups cardiológicos para tentar prevenir as arritmias cardíacas, que podem levar à morte súbita.
Segundo o cardiologista habilitado em arritmia e eletrofisiologia cardíaca e especialista em marcapasso cardíaco Dr. Octávio da Silva Netto,arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam alteração no ritmo das batidas do coração. Existem diferentes tipos de arritmias, como a taquicardia (em que o coração bate rápido), a bradicardia (em que o coração bate devagar) e casos em que o coração bate com irregularidade.
Os principais sintomas das arritmias são cansaço, palpitações (“batedeiras”) ou tonturas. Muitas vezes elas podem ser assintomáticas, acometendo pessoas saudáveis ou pacientes que já tiveram enfarte ou que têm o coração inchado (caso dos portadores de Doença de Chagas e hipertensão arterial não tratada). “A pessoa deve prestar atenção às evidências significativas, dar atenção aos principais sintomas e ainda ficar atento para o histórico familiar (hereditariedade) de morte súbita. No caso de apresentar os sintomas a pessoa deverá informar imediatamente seu médico”, alerta o Dr. Octávio.
De acordo com o médico cardiologista, no Brasil, a cada 2 minutos uma pessoa morre em decorrência da morte súbita. Por ano, são 300 mil brasileiros acometidos. Entre 80% a 90% dos casos de morte súbita são provocados por arritmias cardíacas. Sua maior prevalência se dá na no sexo masculino(80%)na faixa etária entre 45 e 75 anos. No entanto, a doença também acomete pessoas “saudáveis” na faixa etária mais produtiva da vida e muitos atletas, geralmente jovens.
Inclusive aquelesque não apresentem os sintomas devem fazer prevenção de rotina, enfatizando principalmente a correção dos fatores de risco para doença arterial coronariana. O tabagismo, o consumo exagerado de álcool, a falta de alimentação adequada, o sedentarismo, o estresse e a hipertensão compõem o principal foco de atenção na prevenção desta doença.“Essas são medidas de impacto positivo sobre a longevidade da população. Também é válido ressaltar a importância da necessidade de realização de avaliação cardiológica antes do início de programas de condicionamento físico”, finaliza o cardiologista.