Mais de 17 mil vacinados morreram em decorrência da Covid-19, mostra site
É importante salientar que, mesmo com a existência de óbitos, isso não significa que as vacinas são ineficazes contra a doença
Um levantamento publicado pelo site Poder360 mostra que, desde o começo da imunização, 17.512 já morreram de Covid-19 depois de tomar a 2ª dose da vacina contra a doença. O portal analisou registros de 562 mil mortes no banco de dados do SUS, atualizado na quarta-feira (22). Além disso, foram considerados totalmente imunizados aqueles que haviam recebido a segunda dose pelo menos 14 dias antes de apresentarem os primeiros sintomas da doença.
É importante salientar que, mesmo com a existência de óbitos, isso não significa que as vacinas são ineficazes contra a doença. Algumas pessoas podem sentir uma sensação de falsa segurança após tomar a primeira dose da vacina e deixar de seguir os protocolos sanitários, como a higiene das mãos e distanciamento social. No entanto, epidemiologistas destacaram que a taxa de imunização após a primeira dose das vacinas é baixo. Os dados de eficácia divulgados pelas instituições científicas são medidos após a aplicação da segunda dose.
A taxa de eficácia geral da CoronaVac, por exemplo, é de 50,38%. E a proteção é de 78% para casos leves, segundo informou o Instituto Butantan em janeiro deste ano. Isso significa que a vacina reduziu em 50,38% o número de casos sintomáticos entre os voluntários da pesquisa e em 78% o número de infecções leves. Durante os testes, nenhum participante vacinado morreu ou foi hospitalizado por Covid-19, o que fez o governo de São Paulo divulgar na ocasião uma taxa de 100% de eficácia para casos graves. Mas o próprio Instituto Butantan esclareceu que essa informação não era estatisticamente significativa.
“As vacinas aprovadas para Covid-19 são eficazes em proteger contra a doença, mas nenhuma vacina é 100% eficaz. O risco de infecção por Sars-CoV-2 em pessoas totalmente vacinadas não é completamente eliminado enquanto houver transmissão contínua do vírus na comunidade”, reforça Denise Garrett, infectologista, ex-integrante do Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington), em entrevista ao G1.