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Manipulação de fogos de artifício passa por regras do fabricante

14/06/2012 13h03 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Manipulação de fogos de artifício passa por regras do fabricante

Os cuidados com a manipulação dos fogos de artifício ganham força com o início da temporada das festas juninas e o aquecimento da venda de foguetes e rojões, elementos intrínsecos às comemorações de São João, São Pedro e Santo Antônio, em junho.

 

Para o coordenador do Corpo de Bombeiros de São Carlos, tenente Bruno Gobbo, é importante frisar que fogos de artifício não são brinquedo de criança. “Esses artefatos devem ser usados com responsabilidade e as regras de uso estipuladas nas embalagens precisam ser seguidas rigorosamente”, afirmou.

O gerente da Casa São Bento, especializada em fogos de artifício, Antônio Ernesto, 35 anos, afirmou que para evitar a desinformação, nenhum produto é vendido a granel. “Todos os nossos fogos são comercializados em embalagens para que se tenha de forma correta as instruções de uso, vindas do fabricante”.

Ele também relata que nem todos os produtos são vendidos aleatoriamente, como, por exemplo, os rojões que só podem ser adquiridos por maiores de 18 anos.

O vendedor da casa São Bento, Edson Melo, de 23 anos, mostra nas embalagens o passo a passo para se soltar um foguete. “Todos esses fogos são vendidos com uma base para que sejam soltos com segurança. Não existe essa de segurar o foguete na mão. A tendência é se queimar”, afirmou.

De acordo com as instruções, o pavio para se queimar e disparar os fogos dura em média 15 segundos. Tempo hábil para se ter uma distância segura do artefato. “Aquelas pessoas que teimam em disparar os fogos nas mãos estão buscando problemas, é o mesmo que sair guiando um carro sem freio pela cidade”, disparou Ernesto, ao afirmar que muitos dos acidentes com fogos ocorrem pela imprudência.

 

FISCALIZAÇÃO – A operação “Pulando a Fogueira”, do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), analisou amostras de produtos consumidos nas festas juninas e encontrou irregularidades em 41 dos 70 artigos analisadosem São Carlos, um total de 58%. A pesquisa analisou fogos de pequena potência, como biriba, estalo, traque e fósforo de cor, além de enfeites juninos, como bandeirinhas, toalhas, sacos para pipoca, papel de seda.

Produtos alimentícios também foram analisados como a paçoquinha, pé de moleque, doce de amendoim, cocada, queijadinha, ingredientes para bebidas quentes, milho para pipoca, amendoim, canjica, mistura para bolo de fubá, de milho, bolo e broa de fubá, pão de milho e fubá.

O Ipem conferiu o peso e as informações nas embalagens com base nas portarias do Inmetro de 2008. Com as irregularidades encontradas, fabricantes e comerciantes são autuados. Em caso de irregularidades, as multas vão de R$100 aR$ 1,5 milhão.

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