Março ainda traz chuvas fortes e alertas de alagamento
Já choveu em São Carlos, até o momento, 100,2 milímetros (mm); a média esperada para todo o mês de março é de 174 mm e não está descartada a previsão de mais chuvas fortes até o final do mês, principalmente em períodos da tarde e noite.
Nesta época do verão, as águas de março ainda são volumosas, porém com menos intensidade em comparação aos meses de janeiro e fevereiro, quando choveu 275,0 mm e 201,5mm respectivamente.
São Carlos possui características de clima bem definidas, tempo seco no inverno, chuvoso no verão e as estações da primavera e outono são os meses de transição.
De outubro a março, a média das temperaturas máximas fica em torno dos 28°C; entre junho e julho, que são os meses mais frios, as máximas caem para 24°C, em média.
De dezembro a março, as temperaturas mínimas ficam em torno dos 18°C; de maio a agosto variam de 12,5°C a 13,5°C.
Mesmo com a previsão meteorológica alertando sobre o tempo, as pancadas de chuvas fortes e intensas, predominantes da estação costumam trazer transtornos à cidade que, com problemas no escoamento das águas pluviais, causam constantes alagamentos e enchentes.
Esse tipo de situação pode ser evitado com o monitoramento rios e córregos urbanos e justamente com esta finalidade é que o sistema e-NOE foi desenvolvido no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), na USP de São Carlos.
O sistema, criado pelo Prof. Dr. Jó Ueyama, detecta enchentes e o nível de poluição em rios e córregos através de uma rede de sensores sem fio, permitindo que a população seja avisada sobre eventuais riscos.
Em maio de 2012, Ueyama instalou dois equipamentos com esse sistema em um córrego da cidade, o Monjolinho. Um deles foi colocado na avenida Trabalhador São-carlense, próximo da entrada do campus da USP e o outro perto ao Parque do Kartódromo. Há também a previsão de instalação de um terceiro equipamento próximo da rotatória do Shopping Iguatemi, ponto de alto índice de alagamento.
Diferentemente dos protótipos existentes, este não armazena os dados coletados, mas os envia para o servidor assim que cada leitura é realizada. Desta forma, é possível fornecer alertas de enchentes e nível de poluição em tempo real para a população que esteja em risco.
De acordo com o professor, o sistema apenas possui um convênio com o Departamento Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE)