Ministério Público volta a ouvir funcionária sobre caso das multas
“Na última análise que fiz, no dia 15 de outubro, vi algumas contradições. Então tornei a requisitar outras informações, e designei data para novamente ouvir uma funcionária da Prefeitura”, informa o promotor de Justiça do Patrimônio Público em São Carlos, Luiz Carlos Santos Oliveira, que abriu inquérito para investigar o caso das multas em 6 de fevereiro, e que não tem previsão de término: “Não é possível estipular uma data pois às vezes as necessidades de algumas diligências surgem somente quando as informações chegam. Então não é possível precisar uma data. Às vezes chega uma informação que nos leva a determinar uma outra diligência”, explica o promotor.
Relembre o caso
No dia 31 de janeiro deste ano, o vereador Marco Antônio Amaral (PSDB) protocolou representação no Ministério Público contendo denúncias de suposto esquema de cancelamento de multas na Prefeitura. Esse esquema privilegiaria secretários municipais e pessoas ligadas à administração municipal do prefeito Oswaldo Barba (PT).
Na denúncia apresentada ao Ministério Público, o parlamentar incluiu xérox de multas recebidas por secretários e diversas outras pessoas, além de reportagens que falam sobre o alto valor arrecadado em multas de trânsito na cidade de São Carlos.
Na época, a reportagem do Primeira Página teve acesso aos documentos apresentados ao Ministério Público, tais como guias lavradas com multas e recomendação do secretário municipal de Transporte e Trânsito, Nilson Carneiro, à funcionária da chefe de divisão da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, Rosely Guilherme, que anulasse multas de pessoas ligadas a cargos comissionados e vereadores.
No dia 6 de fevereiro, o promotor Luiz Carlos Santos Oliveira, abriu inquérito para investigar as denúncias.
Na época das denúncias, a Prefeitura afirmou que abriria uma sindicância para investigar as supostas irregularidades. Questionada sobre a situação da sindicância, a Prefeitura, por meio de sua Assessoria de Imprensa, diz não ter novas informações.
Sobre o andamento do inquérito, o promotor Luiz Carlos Santos Oliveira afirma: “O que foi apurado eu não falo ainda, pois isso pode causar expectativa e até prejudicar o andamento da investigação. O que eu posso dizer é que foram requisitados vários documentos ao Detran, à Prefeitura, e que algumas pessoas já foram ouvidas”.
Quanta contradição:
“Na última análise que fiz, no dia 15 de outubro, vi algumas contradições. Então tornei a requisitar outras informações, e designei data para novamente ouvir uma funcionária da Prefeitura”
Depois afirma:
“O que foi apurado eu não falo ainda, pois isso pode causar expectativa e até prejudicar o andamento da investigação. O que eu posso dizer é que foram requisitados vários documentos ao Detran, à Prefeitura, e que algumas pessoas já foram ouvidas”
Que comédia.
Ah pode ficar tranqüilo promotor, o senhor afirma que houve contradições e depois diz que não pode dizer o que foi apurado.
Parabéns promotor pela conduta, bem coerente.