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Moradores de rua voltam às praças, brigam, geram confusão e medo

14/01/2015 06h07 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Moradores de rua voltam às praças, brigam, geram confusão e medo

Quem percorre as ruas de São Carlos percebe que inúmeras pessoas estão fazendo delas a sua casa. Os moradores de rua estão presentes nas praças, semáforos, em terrenos abandonados, entre outros lugares. O que assusta é o número de pessoas que não têm onde morar.  

Sem uma quantificação exata por parte das autoridades de quantas pessoas estão fazendo das ruas o seu lar é possível encontrar pelo menos cinco pontos fixos: a Praça Independência, na Vila Marina, Praça Brasil e Balão do Bonde, na Vila Nery, Praça da Igreja Santo Antonio, na Vila Prado e nas ruas e praças do Centro. 

A Praça Independência, em frente ao Cemitério Nossa Senhora do Carmo, foi o local onde apresentou o maior número de moradores, com cerca de 10 pessoas, mas em alguns momentos pode-se observar 17 pessoas no local. Há até varal e um fogão improvisado. Os comerciantes da região lamentam a situação e reclamam que o local fica constantemente sujo e com mau cheiro. Moradores de rua deixam ali, espalhados pelo chão, objetos pessoais e ainda utilizam o espaço como banheiro.

De acordo com uma moradora, que não quis se identificar, essas pessoas também acendem fogueiras e a fumaça invade as casas vizinhas, sem contar que muitos usam drogas e acabam criando confusões. “A situação é lamentável, essas pessoas vivem pelas ruas e alguns deles não têm respeito com a população, pois sujam as praças, fazem suas necessidades, deixam restos de comida, usam drogas e até brigam entre eles próprios”, afirmou. 

Dentro desse quadro, na última segunda-feira, 12, uma briga entre moradores de rua, na Praça Independência, resultou em um espancado que, ao tentar fugir dos agressores, foi atropelado. A vítima foi agredida por outras duas pessoas a pauladas e na tentativa de se desvencilhar dos golpes, correu no sentido da Avenida São Carlos.

VILA PRADO – Na praça da Igreja Santo Antônio, a situação é parecida com a da praça do cemitério. Vários moradores de rua fizeram do local a sua residência. Conflitos são constantes por causa do uso de álcool e drogas. Moradores e populares também reclamam.

A praça da igreja sempre foi um espaço que os moradores de rua utilizam, porém com o passar dos anos o perfil de quem ocupa o espaço mudou. Hoje o número de roubo a pedestre aumentou. E a vizinhança, que prefere ficar no anonimato para não sofrer retaliações, alega que além dos roubos, mulheres são incomodas pelos homens que ficam na praça.

“Aqui está perigoso. Sabemos que eles estão em uma situação precária, mas como o mundo está violento tememos pela nossa segurança”, disse uma moradora da região. 

PRAÇA DA ESTAÇÃO – Desde domingo à noite os moradores que ficavam em um pavimento da Estação Cultura não estão mais. O que chamou a atenção é que o local foi limpo. O espaço era tradicional de encontro dos moradores de rua. Inclusive havia até televisão compartilhada por eles.

PODER PÚBLICO – A Prefeitura informou por meio de nota que realiza um trabalho coordenado entre as Secretarias de Cidadania e Assistência Social, Saúde e Fundo Social de Solidariedade “Amai-vos” na identificação e atendimento aos moradores de rua. A intenção é identificar a origem e localizar familiares, quando possível, para a reinserção social e atendimento especializado. Porém não especificou quais ações estão sendo realizadas no momento.

ALTERNATIVA – O Centro de Referência para População em Situação de Rua, o Centro Pop, é uma unidade pública de referência e atendimento especializado à população adulta nessas condições, no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

O Centro Pop também visa realizar abordagens a essas pessoas e convidá-las para conhecer a unidade, mas poucos aceitam a ajuda.

Quase que diariamente uma equipe do Centro Pop percorre os principais pontos onde os moradores de rua ficam durante o dia, mas poucos aceitam ir até o prédio onde o programa funciona. Muitos conhecem o trabalho e já foram até o local, mas não voltaram mais.

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