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Movida pela necessidade, mulher cria lista de doadores

13/03/2012 00h09 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Movida pela necessidade, mulher cria lista de doadores

Um exemplo a ser seguido na cidade de Itirapina vem da própria população local, são pessoas que se dispõem a doar sangue sempre que alguém da comunidade necessita.

A história é contada por Maria Aparecida Resende, a Cidinha, que há dois anos atrás, sentiu na pele a necessidade de contar com possíveis doadores. “Minha irmã teve um problema de saúde acabou tendo que passar por uma cirurgiã no qual precisava de doadores. Diante disto, comecei a caminhada atrás de pessoas que pudessem ou que quisessem doar”, conta.

Foi assim que Cidinha saiu atrás dos amigos e conhecidos e conseguiu lotar um ônibus em direção a São Paulo, cidade onde sua irmã se encontrava. “Achei uma certa dificuldade porque na hora não existia uma lista com nomes de possíveis doadores. Neste momento, decidi que eu tinha um problema e que outras pessoas poderiam estar passando ou vir a passar pela mesma coisa que eu”, explica. “Foi ai que tive a ideia de correr atrás das pessoas, coler nomes de pessoas que poderiam ser doadores futuramente, porque sempre alguém precisa”, acrescenta ela.

Hoje, a agente de saúde, mantém uma lista com 62 pessoas que se colocam a disposição para doação de sangue. “Toda vez que alguém aqui de Itirapina precisa de doador de sangue, já sabem que tenho esta lista e me procuram na mesma hora. Saio correndo atrás pra ver quem pode ir”, explica.

Normalmente, os doadores contam com o apoio de algum entidade para a locomoção dos doadores, pois acontece em outras cidades. “Este mês uma pessoa da cidade precisou de doador. Conseguimos a doação de um ônibus que nos levou até Jaú. Lotamos o ônibus. De 44 pessoas, 33 puderam doar, o que é muito gratificante para todos”, comenta Cidinha.

“O meu apelo é para que as pessoas saibam que doar é um ato de amor. O que você doa de sangue é reposto rapidamente. Hoje é esta família, mas amanhã pode ser alguém da gente. Antes eu também não dava importância e hoje sei a necessidade, o quanto é necessário e por isso que achei uma maneira para que as pessoas não tivessem que passar pelo que passei”, explica Cidinha.

Para fazer parte da lista os interessados devem procurar a agente de saúde, conhecida na cidade como Cidinha da Dengue.

Para doar – Para doar sangue é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 à 68 anos (menores com autorização do responsável legal), pesar acima de 50 kg, não estar em jejum (alimentação leve), não ter feito tatuagem nos últimos 12 meses, levar o nome de possíveis medicamentos em uso, não fumar 1 hora antes da doação, não ingerir bebida alcoólica 24 horas antes de doar, sintomas de gripe, resfriado e diarreia são avaliados no momento da triagem.

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